Economia

Dívida pública federal cai 3,07% e fecha janeiro em R$ 5,768 tri, mostra Tesouro

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 3,07% em janeiro e fechou o mês em R$ 5,768 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. Em dezembro, o estoque estava em R$ 5,951 trilhões.

 

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 48,04 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 230,74 bilhões.

 

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) retraiu 2,88% em janeiro e fechou o mês em R$ 5,534 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 7,32% menor no mês, somando R$ 233,98 bilhões ao fim de janeiro.

 

Parcela de títulos

 

Com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, a parcela de títulos da Dívida Pública Federal (DPF) atrelados à Selic voltou a subir em janeiro, para 40,49%. Em dezembro, estava em 38,25%. Já os papéis prefixados reduziram a fatia de 27,01% para 23,47%.

 

Os títulos remunerados pela inflação aumentaram para 31,74% do estoque da DPF em janeiro, ante 30,26% em dezembro. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,48% para 4,30% no mês passado.

 

O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou alta, passando de 22,07% em dezembro para 22,63,% em janeiro. O prazo médio da dívida teve elevação de 3,90 anos para 4,03 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,21% ao ano para 10,50% a.a. no mês passado.

 

 

Participações

 

A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu/subiu em janeiro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 9,36% em dezembro para 9,79% no mês passado.

 

No fim de 2021, a fatia estava em 10,56%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 541,62 bilhões em janeiro, ante R$ 533,48 bilhões em dezembro.

 

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 27,31% em janeiro, ante 29,12% em dezembro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,98% para 24,42% em no mês passado.

 

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,83% para 23,57% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 3,98% para 4,10% na mesma comparação.

 

'Colchão da dívida'

 

O Tesouro Nacional encerrou janeiro com R$ 953,39 bilhões no chamado colchão da dívida, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 18,92% menor em termos nominais que os R$ 1,175 trilhão que estavam na reserva em dezembro. O montante ainda é 15,81% menor que o observado em janeiro de 2022 (R$ 1,132 trilhão).

 

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26