A presidente Dilma Rousseff defendeu a política de seu governo para valorização do salário mínimo em vídeo divulgado no perfil do Palácio do Planalto no Facebook na manhã desta sexta-feira (1º) por ocasião do Dia do Trabalho.
Neste ano, ao contrário de todos anteriores do primeiro mandato, Dilma não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV no Dia do Trabalho. A estratégia do Planalto será divulgar mensagens da presidente na internet, em contas do governo nas redes sociais.
A primeira gravação, divulgada no início da manhã, tem um minuto e 15 segundos de duração. Nela, Dilma cita medida que enviou ao Congresso para garantir valorização, nos próximos anos, do salário mínimo, que hoje é de R$ 788.
"Nos últimos 13 anos, o Dia do Trabalho tem sido uma data para avaliar e celebrar as vitórias da classe trabalhadora. A valorização do salário mínimo é uma das maiores conquistas desse período. Em março deste ano eu encaminhei ao Congresso uma Medida Provisória que garante a política de valorização do salário mínimo até 2019. Por lei, vamos assegurar o aumento do poder de compra do trabalhador", afirmou a presidente.
Dilma citou ainda que em seu primeiro mandato o salário mínimo cresceu 14,8% acima da inflação. Ela afirmou que essa política de valorização do mínimo beneficia 45 milhões de trabalhadores da ativa e aposentados.
A presidente concluiu a mensagem com uma citação ao fato de que enviou ao Congresso em março uma Medida Provisória que corrige, de forma escalonada, a tabela do Imposto de Renda. Segundo Dilma, a medida permite um imposto mais "justo" para o trabalhador.
"Também em março enviei ao Congresso a correção da tabela do Imposto de Renda. Com ela, o trabalhador terá seu salário preservado e nao terá de pagar imposto maior. Tudo isso vem garantindo imposto mais justo", afirmou a presidente.
Crítica a mensagens pela internet
Nesta quinta-feira (30) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a iniciativa do Palácio do Planalto de divulgar as mensagens da presidente nas redes sociais em substituição ao pronunciamento em cadeia de rádio e TV. Para Renan, a decisão do governo "foi ridícula".
"O governo não tem agenda, não tem iniciativa, há um vazio evidente que fragiliza o governo. […] Essa coisa da presidente da República não poder falar no dia 1º porque não tem o que dizer é uma coisa ridícula. Isso enfraquece o governo", afirmou Renan a jornalistas no Senado.
Fonte: G1