Economia

Dilma diz que Caixa passará a ter ações na Bolsa de Valores

A presidente Dilma Rousseff afirmou em café da manhã com jornalistas nesta segunda-feira (22) no Palácio do Planalto que o governo federal abrirá o capital da Caixa Econômica Federal. Na prática, significa dizer que o órgão terá ações que poderão ser negociadas na Bolsa de Valores. Após confirmar que abrirá o capital da empresa, Dilma ressaltou que o processo vai “demorar”.

“Vou [abrir o capital], mas isso demora”, disse a presidente, após ser questionada por jornalistas sobre se a Caixa passará a ter ações na Bolsa de Valores. Ela não deu mais detalhes sobre o tema.

Após o café da manhã, Dilma posou para fotos com os jornalistas. No encontro com a imprensa, ela defendeu a continuidade da presidente da Petrobras, Graça Foster, no cargo, e afirmou que consultará o Ministério Público Federal (MPF) para saber se políticos que podem vir a ser indicados para ministros em seu segundo mandato foram citados em delações da Operação Lava Jato.

Economia
Durante o encontro com  a imprensa, Dilma reservou parte da sua fala para comentar a economia. A presidente voltou a dizer que o processo da crise econômica mundial tornou-se “muito mais longo” do que era esperado. Na avaliação dela, é preciso entender que a recuperação da economia dos outros países “anda de lado” e que até os Estados Unidos, principal potência mundial, estão nesta situação.

Ao falar sobre a situação do Brasil, a presidente afirmou que medidas “drásticas” começaram a ser tomadas pelo governo e citou a Medida Provisória publicada na semana passada que reduz o volume de recursos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), responsável por linhas para investimentos de empresas, que diminui o percentual do bem a ser financiado e aumenta os juros destas operações.

Segundo a presidente, as medidas que passarão a ser adotadas pelo Executivo têm por objetivo a recuperação da economia brasileira, a fim de garantir melhores condições diante da possibilidade de que a crise continue por vários anos.

Indagada sobre eventuais ajustes nas contas públicas para o ano que vem, a presidente afirmou que um corte de R$ 100 milhões no Orçamento é um "chute". “Ninguém fez essa conta”, disse Dilma. A presidente, porém, não informou qual será o valor do reajuste, quando ocorrerá e quais medidas serão tomadas.

“Eu não vou discutir economia aqui – quais medidas que vou tomar – de forma teórica, seria uma irresponsabilidade total”, disse.

BNDES e Brics
No encontro com a imprensa, Dilma defendeu que os empréstimos a longo prazo não sejam feitos somente pelos bancos públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). A presidente afirmou que é preciso ter bancos privados “fortes”, com altos níveis de governança e que, além do financiamento público, haja linhas de crédito pelos bancos privados.

Dilma comentou ainda a situação econômica do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e afirmou que os países que compõem o grupo não deverão ter “grandes problemas” financeiros nos próximos anos. Segundo a presidente, as cinco nações têm reservas cambiais e estão em situação econômica estável.

Fonte: G1

Redação

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