A dica mais importante sobre viajar com cachorro é que a experiência tem que ser boa para todos, para o cão e para todos os outros que viajam junto. Só leve seu cachorro se você não se incomodar em fazer as adaptações necessárias para que ele também se divirta. Isto pode significar, por exemplo, mudar o destino para um local pet friendly (que significa que aceita a presença de animais), abrir mão de visitar locais onde ele não entra ou demorar mais no trajeto na estrada. Se para você isso não é um problema e a companhia do seu cão é mais importante, vá em frente!
Não deixe de observar seu cão durante as viagens. Alguns cachorros sofrem muito ao sair de casa, então, nesses casos o melhor é não levá-los. O importante é fazer o que deixe todos felizes!
Você sabia que pode levar uma multa de R$ R$ 127,69 e perder 5 pontos na carteira se for pego dirigindo com cachorro solto no carro? É obrigatório utiliza cinto de segurança ou cadeirinha. Um cinto para cachorro custa menos de R$ 60 e garante a segurança de todos no carro
Dica nº 1: identificação do cachorro
A primeira dica serve não apenas para quem vai viajar: nunca, nunca, nunca deixe seu cachorro sair de casa sem identificação. Se ele se perder, é o meio mais fácil para que você consiga que o devolvam para sua família. Eu uso sempre medalhinhas com o nome do cachorro e nossos telefones (de casa e celular), mas caso você não consiga fazer uma plaquinha ou a perca durante um passeio, prenda na coleira com fita crepe, ou qualquer coisa assim. O importante é não deixar jamais seu cão sem identificação, muito menos em uma cidade estranha. É possível encontrar plaquinhas de identificação charmosas e divertidas a partir de R$ 9,99, como esse modelos aqui, aqui e aqui.
Dica nº 2: Saúde é prioridade
Antes de pegar a estrada, verifique se as vacinas, o antipulgas e a desvermifugação do seu cachorro estão em dia. É importante para a saúde dele e também para a de todos os que irão conviver com seu cão.
Aproveite a ida ao veterinário e pergunte sobre um kit de emergência. Você pode pedir ao veterinário para receitar um medicamento para enjôo, por exemplo, caso não saiba ainda se seu cão se sentirá mal no carro. Não arrisque medicar seu cachorro por conta própria, somente um veterinário saberá a dosagem correta! Pergunte sobre medicamentos emergenciais para alergias e para cortes, e leve numa pequena necessárie junto com os medicamentos que ele costuma usar.
Cuide da saude de seu pet em viagens, saiba sempre onde há um veterinário na cidade que vai ficar.
* Se seu cachorro tem algum problema de saúde já conhecido, ou você quiser estar ainda mais seguro, procure antes de viajar uma clínica veterinária de referência no seu destino.
Nas pet shops existem hoje opções de roupinhas com filtro solar e repelente próprios para cães, você pode levá-los também se achar que serão úteis no seu destino.
Dica nº3: Comece com trajetos curtos
Se você tem um filhote ou nunca viajou de carro com seu cachorro, comece com pequenas distâncias, como passeios na sua própria cidade, por exemplo, para ver como ele se sente e para que ele se acostume a ficar no carro.
Dica nº 4: Para o cachorro ficar mais calmo no carro
Uma dica para que seu cachorro fique mais tranquilo dentro carro é colocar a caminha dele em cima do banco antes de sair de viagem, se for a primeira vez dele. Assim ele vai se sentir um pouco em casa, caso fique inseguro.
Outra dica é passear com seu cão antes dele entrar no carro. Se ele estiver cansado, tem mais chances de dormir e vocês terão uma viagem mais tranquila.
Você pode, ainda, escolher pegar a estrada em um horário em que o cão costuma dormir. Tudo isso irá facilitar que ele relaxe durante o trajeto.
Dica nº5: Sem cinto não pode!
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é proibido levar animais em partes externas do veículo ou dirigir com animais à sua esquerda, entre os braços ou pernas. Para evitar que um cão atrapalhe o motorista e viaje seguro, portanto, o ideal é que ele esteja preso. Você pode usar uma caixa de transporte ou uma cadeira própria para cães ou um cinto adaptado para eles. O importante é nunca viajar com seu cão solto e muito menos nos bancos da frente. Também não o deixe ir com a cabeça para fora da janela. A gente sabe que alguns cães amam um ventinho na cara, mas você não deixaria seu filho humano fazer isso, não é? Pois então, proteja também seu cão.
Nós sempre usamos o cinto de segurança nos meninos e o ideal é que o cinto seja preso a uma coleira peitoral (e não no pescoço). O comprimento do cinto precisa ser ajustado de acordo com o tamanho do cachorro, de modo que em uma freada ele não chegue a bater no banco da frente.
Separei alguns modelos de itens de segurança à venda online em sites que entregam em todo o Brasil para facilitar sua busca. Há modelos de cinto simples e também um completo incluindo peitoral e cinto, cadeirinhas para cães até 10 kg e também para animais até 15 Kg.
Dica nº6: Pára um pouquinho, anda um pouquinho
Viajar de carro com um cachorro nos mostrou que é preciso ter mais paciência para chegar ao destino final. É preciso programar paradas para que eles bebam água, façam xixi e estiquem as patinhas e para que, afinal, o trajeto não seja chato pra eles. No começo parávamos a cada hora, hoje em dia podemos esticar mais, mas mais ou menos de 2 em 2 horas fazemos uma parada.
Dica nº7: Como achar paradas pet friendly
Na hora de parar, você tem duas opções. Uma delas é ir para um lugar que você saiba ser pet friendly, como essa unidade do Frango Assado na Via Dutra ou o Kiosque do Alemão na Via Lagos. Mas caso você não saiba onde tem uma dessas paradas, uma dica é procurar postos menores, mais “locais” em que as lanchonetes e outras áreas de serviço sejam mais abertas.
Paradas maiores costumam ser fechadas (geralmente por causa do ar condicionado) e seu cão não vai poder entrar. Então você terá que revezar com alguém para ir comprar algo e comer no carro. Paradas menores normalmente tem uma mesinha perto da porta e dificilmente não permitem que entremos com cachorro.
Dica nº8: como saber quanto tempo vai levar a viagem?
O Rômulo costuma usar o Google Maps para estimar o tempo de viagem, mas como o aplicativo não leva em consideração as paradas, ele costuma adicionar 50% à estimativa da duração do trajeto. Pela nossa experiência, viajando com cachorro, uma velocidade de 60 km/hora é uma boa média. Isso porque além das paradas, às vezes vamos um pouco mais devagar em estradas com curvas para eles não enjoarem etc. Essa é uma média que nos mostra um tempo bem real que levaremos na estrada.
Companhia ideal para viagens- seu cachorro
Dica nº9: Acrescente destinos intermediários
Sabendo quanto tempo mais ou menos levaremos, conseguimos programar nossas viagens melhor. Então, se nosso destino final fica, por exemplo, a 600 km de distância, sabemos que levaríamos aí mais ou menos 10 horas de viagem.
Nesse caso, nós optaríamos por quebrar o trajeto inserindo um novo destino no meio, seja para um pernoite ou apenas para um passeio durante o dia, com pausa para almoço, por exemplo. Assim não ficamos com uma viagem muito longa, mas sim com uma curta de 4 ou 5 horas e um passeio em um lugar diferente.
Dica nº 10: mantenha a limpeza
Sempre, sempre, sempre tenha um saquinho à disposição para catar o cocô do seu cachorro. Nunca deixe a sujeira dele no chão! Também é útil ter lenços umedecidos e lenços de papel no carro para caso ele vomite, ou para limpá-lo caso ele encoste em alguma planta que o irrite ou se suje demais na lama (os meus adoram uma lama!).
Uma dica de quem já viaja há alguns anos com cachorro: coloque uma capa protetora no banco traseiro. Mas, além disso, a capa facilita caso eles vomitem, pois é só tirar e lavar a capa, em vez de ficar limpando cada pequena reentrância dos bancos.