Caiu o desmatamento na Amazônia Legal mato-grossense em agosto. Vinte e três por cento a menos, se comparado com o mesmo mês de 2014, segundo o Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon). De um período a outro, a área derrubada baixou de 149 para 115 quilômetros quadrados.
O dado consta no relatório mensal de acompanhamento do bioma, divulgado nesta sexta-feira (18). A publicação mostra que apenas no mês de agosto Mato Groso respondeu por 28% dos desmates na região. Dessa forma, foi o vice-líder no ranking amazônico.
A lista é encabeçada pelo Pará (36%) onde, no último mês, perderam-se 149 quilômetros quadrados de floresta. Em terceiro lugar aparece o estado do Amazonas (17%), com 72 quilômetros quadrados.
Ao avaliar a Amazônia Legal como um todo, o Imazon acusou 415 quilômetros quadrados desmatados. Queda de 5% frente a agosto de 2014, quando foram 437 quilômetros quadrados. Os dados do Maranhão não foram analisados.
Segundo o relatório, em agosto de 2015, a maioria (55%) do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos de reforma agrária (20%), terras indígenas (1%) e unidades de conservação (24%), diz o Imazon.
Colniza, localizado no Norte mato-grossense, e Itaituba (PA) foram os municípios com mais desmate. Nesta ordem, 38.9 km2 e 36.4 km2.
Cobertura de nuvens
Durante agosto, o monitoramento feito pelo Imazon, com base nas imagens de satélite, atingiu 93% da área florestal da Amazônia Legal. Sete por cento do território estavam cobertos por nuvens. Em agosto de 2014, a cobertura de nuvens foi de 6%.
O Imazon define como desmatamento a supressão total da floresta para outros usos alternativos do solo.
Fonte: G1