Os Estados Unidos geraram 248 mil postos de trabalho em setembro, e a taxa de desemprego do país recuou a 5,9%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Departamento do Trabalho. É a menor taxa desde julho de 2008, quando ficou em 5,8%.O órgão também informou que 69 mil vagas a mais foram criadas em julho e agosto do que estimado anteriormente.A melhora acima do esperado no mercado de trabalho pode impulsionar as apostas de que o Federal Reserve, banco central do país, vai elevar os juros em meados de 2015 ou mesmo antes.
"O que vemos é uma confiança uniforme. É muito mais provável agora que o setor empresarial contrate mesmo antes que haja queda em seus estoques", disse à Reuters o economista do CohnReznick e ex-funcionário do Departamento do Trabalho dos EUA, Patrick O'Keefe, antes da divulgação do relatório.Existem alguns lados negativos no relatório. Notavelmente, parte da queda na taxa de desemprego foi porque trabalhadores deixaram a força de trabalho. A fatia da população empregada ou procurando empregos caiu para 62,7%, o menor nível desde 1978.
Essa taxa tem caído nos últimos anos conforme mais trabalhadores se aposentam e mais pessoas desistem de buscar empregos devido à economia fraca.Ainda assim, uma medida de desemprego que leva parcialmente em conta o desencorajamento de trabalhadores que o governo dos EUA chama de taxa U-6 caiu no mês passado para 11,8%, o menor nível desde outubro de 2008.
A maioria dos economistas vê o crescimento econômico a uma taxa anual de cerca de 3% no terceiro trimestre, bem acima da média de 2,2% dos últimos dois anos. No entanto, sólidas contratações e crescimento econômico são insuficientes para que o Fed inicie uma elevação antecipada da taxa de juros.Várias autoridades do banco central norte-americano expressaram preocupações nas últimas semanas de que a inflação permanece muito baixa, um sinal de que ainda há uma ociosidade significativa na economia.A renda média por hora trabalhada aumentou modestos 2% em setembro ante o ano anterior. Antes da recessão de 2007-09, os salários cresciam a uma taxa muito mais rápida.
G1