Política

Desembargadores adiam análise para libertar Pedro Nadaf

Nesta quarta-feira (28) o julgamento do mérito para libertar o Pedro Nadaf (ex-secretário de Estado), foi adiado após o desembargador Orlando Perri pedir para analisar o caso. O ‘pedido de vistas’ aconteceu na audiência que julgava o habeas corpus impetrado pela defesa de Nadaf, que está preso preventivamente desde o dia 15 de setembro – suspeito de integrar grupo criminoso que desviou recursos do Estado via Programa de Desenvolvimento Econômico e Industrial de Mato Grosso (Prodeic). 

Perri substitui o desembargador Pedro Sakamoto, agora o julgamento deve ser retomado na sessão da 2ª Câmara Criminal na próxima quarta-feira (4 de novembro).  Apesar do pedido de vistas, o relator do HC, o desembargador Alberto Ferreira Souza votou a favor da manutenção da prisão e destacou que o ex-secretário pode pressionar e intimidar as testemunhas e delatores do processo caso esteja em liberdade.

Em contraposição, Perri disse que o atual governo é avesso a ‘era Silval Barbosa’ e por conta disso: “não sei dizer, preciso examinar os autos pra falar sobre prisão cautelar pra substituir preventiva, send quando não há outras medidas as alternativas. Hoje está ocorrendo prisões em massa no achismo”, argumentou.

O ex-secretário de Estado Pedro Nadaf, teria recebido o montante R$ 2,6 milhões como propina para manter benefícios de incentivos fiscais em Mato Grosso, por meio do Prodeic, para o Grupo Tractor Parts. A informação foi dada por um dos sócios do Grupo, João Batista Rosa, à Delegacia de Combate à Corrupção de Mato Grosso. 

A lista de denunciados pela Delegacia Fazendária (Defaz) possui oito pessoas que integravam diretamente o esquema: Karla Cecília de Oliveira Cintra, funcionária de confiança de Nadaf na presidência da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio); Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, procurador do estado aposentado; e Sílvio Cezar Correa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa no governo do estado; além dos já citados Silval Barbosa, Nadaf e Cursi.

A operação

A Operação Sodoma investiga esquema criminoso entre gestores do alto escalão do governo Silval Barbosa. De acordo com informações da Secretária de Segurança do Estado (Sesp-MT) os pedidos de prisão foram feitos pela Delegacia de Combate à Corrupção de Mato Grosso.

Além das prisões, foi montada uma força-tarefa entre grupo operacional do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira – criado no início do ano pelo governador Pedro Taques), Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.

O secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, informa que a operação ocorre no curso da investigação criminal iniciada há mais de quatro meses e está amparada em ‘robusto acervo de provas’ da participação dos investigados e mediante minuciosa análise de dados e de documentos, dentro das mais modernas técnicas de Inteligência. 

Galindo informou ainda que agentes policiais estão agindo nos estritos termos da Lei e em cumprimento à ordem judicial expedida pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá.

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Ulisses Lalio

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