O animal, descoberto na bacia da Transilvânia, Romênia, tinha asas com três metros de envergadura, viveu há 68 milhões de anos e trata-se de um dos espécimes mais completos de seu grupo.
A nova espécie, que recebeu o nome de Eurazhdarcho langendorfensise , tinha características muito parecidas com o de outra espécie que habitava a Rússia. Isto faz com que os pesquisadores levantem a hipótese de que se trate de uma descendência migratória.
“Olhando só para os ossos deste animal, não há nada de muito impressionante. Porém, o material tem muita semelhança com outra espécie que habitava a Rússia”, disse ao iG Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional no Rio de Janeiro e um dos autores do estudo publicado no periódico científico PLoS One . Kellner ajudou a identificar a espécie.
O animal de pescoço comprido e bico grande tinha asas adaptadas para longos e altos voos. Várias características das asas e das patas do animal mostram que ele poderia dobrar as asas para cima e andavam com as quatro patas quando fosse necessário.
Kellner explica que a migração da espécie da Rússia para a Europa provavelmente aconteceu durante o período em que o supercontinente Pangeia estava se separando. “Acreditamos que o Eurazhdarcho seja um descendente da espécie encontrada na Rússia”, disse.
A descoberta ocorreu na bacia da Transilvânia, um famoso sítio arqueológico onde foram encontrados muitos fósseis de animais do período do Cretáceo superior, como dinossauros, mamíferos, tartarugas, lagartos e ancestrais de crocodilos.
Fonte: Último Segundo