Para Kuper, que faz apenas uma breve menção à economia, o "responsável" pela humilhante derrota contra a Alemanha foi a forma "ultrapassada" como o Brasil joga futebol – e o caminho a seguir é adotar o estilo do algoz, passar a jogar o jogo rápido dos alemães."A expressão 'jogo bonito' pode ser descartada junto com clichês sobre 'futebol samba'. Os brasileiros pararam de oferecer fintas, dribles e belos gols há muito tempo. Eles agora têm de entender que precisam adotar um passe mais rápido, um estilo mais europeu, mais alemão", opina o artigo publicado na primeira página da edição desta quarta-feira.
No texto publicado nesta quarta-feira, Kuper diz que é difícil pensar em uma humilhação esportiva maior do que a sofrida ontem pelo Brasil uma derrota por 7 a 1 do "país do futebol", em uma semi-final de Copa do Mundo, em casa.É um momento que "marcará a psique futebolística do Brasil para sempre", destaca.O jornal diz ainda que a ausência de Neymar foi "um fantasma na festa alemã". Ele é descrito como a última fonte indiscutível do jogo bonito brasileiro, "mas um homem é uma base fina para uma tradição", ressalta a publicação.
O Financial Times destaca que o futebol alemão passou por uma renovação após 2004, quando a seleção do país estava em baixa.Os técnicos Jürgen Klinsmann e Joachim Löw lideraram esse processo que resultou no "jogo bonito cerebral de passes rápidos com que os alemães golearam o Brasil ontem"."A responsabilidade pela humilhação se encontra em primeiro lugar com os jogadores infelizes do Brasil e seu treinador sem imaginação Felipe Scolari, mas de forma mais ampla está na ultrapassada tradição de futebol do país", afirma o jornal.
G1