Plantão Policial

Dema apreende quase meia tonelada de pescado irregular

Policiais da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) apreenderam, nesta quinta-feira (26), 465 quilos de pescado irregular. A apreensão ocorreu no bairro São Simão, em Várzea Grande, onde funcionava como distribuidora de peixes para o comércio atacadista e varejista. Três pessoas foram presas em flagrante.

Segundo os policiais, dois dos detidos buscavam o pescado em áreas indígenas da região de Barra do Bugres (168 km de Cuiabá) e repassavam ao dono o imóvel, Belmiro Catarino da Silva, que também foi preso.

No porta-malas de um veículo foram apreendidos mais de 200 quilos, que tinham acabado de chegar ao atacadista. Foram encontrados 22 Pintados, que pesados totalizaram 209,5 quilos e duas Cacharas (4,5 kg).

Outra parte estava em uma câmara fria, distribuídos em carrinhos e bacias, já sem as cabeças, cortados em filés e postas, para revenda em restaurantes, hotéis, mercados, entre outros estabelecimentos.

Essa foi a maior apreensão realizada em 2017 pela Dema, que intensificou a fiscalização contra o comércio de pescado irregular, no período de defeso da Piracema, entre novembro e fevereiro.

Conforme a Dema, o atravessador atacadista comprava o pescado pelo valor de R$ 10, o quilo, e revendia por R$ 28, o quilo de pescado. Os peixes foram medidos e pesados por peritos da Politec que estiveram no local.

O delegado Gianmarco Paccola Capoani, responsável pelo flagrante, informou que os suspeitos foram autuados por crimes de receptação qualificada e associação criminosa. "Três pessoas com vínculos e que atuam habitualmente na prática de crimes contra a fauna", justificou.

Fiscalização

Para a delegada titular da Dema, Alessandra Saturnino, é preciso fortalecer ainda mais as fiscalizações da venda de pescado irregular, por envolver não somente questões ambientais, mas também sanitárias. “São estabelecimentos que não possuem condições adequadas de armazenamentos, dentro dos padrões da Vigilância Sanitária. O consumidor final sequer imagina o risco que está correndo ao adquirir ou consumir o produto”, enfatizou.  “Por isso a necessidade de fortalecer as parcerias com o Ministério Publico, o Judiciário, o Batalhão Ambiental e a Politec, com denúncias da sociedade”, completou.

Conforme a delegada adjunta da Dema, Liliane Murata, a ação foi desencadeada depois de denúncias apuradas pelos policiais, que iniciaram vigilância na localidade. “Quando se inicia a Piracema, a Delegacia também começa esse trabalho de monitoramento dos locais e rotas do pescado irregular. Esse  monitoramento ocorre o tempo todo pelos órgãos de fiscalização”, disse.

Veja mais: Fiscalização apreende 7 toneladas de pescado irregular em três meses

Com assessoria

Felipe Leonel

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