Os custos de produção, formado pelos custos com pessoal, energia elétrica e bens intermediários, caíram 0,3%. A queda foi puxada somente pelo indicador de bens intermediários, que retraiu 0,8%, já que os custos aumentaram 0,8% com pessoal e 3,8% com energia elétrica no segundo trimestre frente ao trimestre anterior.
A redução do custo com bens intermediários, cujo peso é superior ao dos demais indicadores, foi influenciada pela valorização de 5,8% do real frente ao dólar no período. Isso contribuiu para uma redução de 4,5% dos custos com insumos importados. Os custos com bens intermediários nacionais, por sua vez, tiveram retração de 0,2% no segundo trimestre.
De acordo com a CNI, a queda dos custos industriais, aliada ao aumento de 0,8% dos preços dos produtos manufaturados, possibilitou às empresas recuperar as margens de lucro. No entanto, a concorrência dos importados, cujos preços em real dos produtos caíram 4,1% no segundo trimestre frente ao anterior, ainda prejudica o setor.
De acordo com a CNI, a queda do preço das importações de manufaturados foi superior à queda dos custos industriais brasileiros, indicando perda de competitividade da indústria local frente aos importados. Segundo a entidade, a perda de competitividade da indústria brasileira nas exportações fica ainda mais evidente em relação aos preços em reais dos produtos com origem nos Estados Unidos, que tiveram queda de 4,7% no período.
G1