Os moradores do Porto, um dos bairros mais antigo da capital mato-grossense, relembram os tempos das festas de santo e carnavais, dos barcos que atracavam à beira do rio e da amizade entre as famílias tradicionais.

Descendente de libaneses, Olga José Marabac, 87 anos, mostra entre lágrimas a saudade dos tempos em que o Porto era realmente um porto, e que a liberdade e a amizade eram comuns na cuiabania.
“Não sabíamos o que era dormir de janela fechada, todos se conheciam e se respeitavam. Os jovens eram educados rigorosamente e não havia essa violência que há hoje. O Porto era muito bonito, mas os governantes foram abandonando nossa região ano após ano, e agora sei que vou morrer e não verei meu Porto bom de viver como foi um dia”, lamenta.

“Na minha juventude, minhas irmãs e eu participávamos de muitas festas, principalmente a tradicional lavagem de São Benedito, na beira do rio, e do carnaval. Cuiabá era uma cidade alegre e sempre com muitas festas”, lembra a ex-comerciante e agora aposentada.
Dos momentos mais saudosos vêm os coretos, com os músicos que deixam os passeios à beira do rio ainda mais românticos. “Era muito legal os músicos reunidos no Porto, e eles sempre tocavam o que pedíamos, e, escondidos dos pais, os casais namoravam à noite”, revela. sexlviv.com
Mas apesar de o tempo ter alterado muitos costumes e cenários marcantes, Baianinha vê com bons olhos essas mudanças em Cuiabá: “O Porto não é mais como antes, mas esse crescimento de Cuiabá tem sido muito bom, pois a cidade estava precisando”.
Leia o Panorama especial do aniversário de Cuiabá publicado na Edição 482 do Cirtuito Mato Grosso AQUI.