A Polícia Judiciária Civil (PJC) concluiu, nesta semana, o inquérito que apura a morte do jovem João Gabriel Silva de Jesus, 20 anos, e indiciou sete pessoas por homicídio triplamente qualificado. O crime, ocorrido em 2018, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá–MT, foi ordenado por uma facção criminosa em função da vítima ser, supostamente, informante da polícia.
Conforme a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), todos os acusados têm antecedentes criminais.
As investigações apontaram que João Gabriel foi atraído até uma casa no bairro Jardim Eldorado, onde foi julgado pelo 'tribunal do crime' por denunciar ações delituosas ocorridas na região. Depois de ser submetido a sessões de tortura e espancamento, o jovem foi brutalmente executado com disparos de arma de fogo.
O corpo foi desovado em um terreno baldio no bairro Parque Paiaguás, na região do São Mateus. O cadáver foi localizado em estado de decomposição, três dias depois do seu desaparecimento ser registrado junto à polícia.
Exames periciais indicaram que João Gabriel também ainda sofreu lesões por arma cortante no pescoço e no crânio e teve o abdômen dilacerado, o que causou a exposição das vísceras. O rapaz ainda teve uma das mãos amputadas.
Investigação
As diligências realizadas pela DHPP chegaram à identificação de quatro envolvidos diretamente na execução, para atrair e levar a vítima até a cena do crime e na execução do homicídio.
Outras pessoas também atuaram indiretamente com ações acessórias que incluíram a remoção do corpo da casa para levar até o local onde foi desovado, o sumiço da motocicleta usada pela vítima e também aqueles que cuidaram, entre outros detalhes, para dar fim aos veículos utilizados no crime.
“Foi um crime chocante, executado para demonstrar força e medo e passar um sentimento de poder em relação aos executores”, comentou o delegado Caio Albuquerque.
Em 29 de setembro deste ano, dois executores do homicídio foram presos. Um deles é a pessoa que atraiu a vítima para a casa onde ocorreu o crime e trouxe o celular de João Victor para ser vistoriado por outro criminoso, que teria uma função mais importante no grupo criminoso e determinou a morte da vítima.