O projeto social Flauta Mágica nasceu há 16 anos, da iniciativa do músico e maestro Gilberto Mendes, e hoje atende cerca de 800 jovens com aulas de instrumentos musicais, coral e dança. O projeto é amparado pela Organização das Nações Unidas para Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO) – e parte de seus professores é de ex-alunos
“A música, assim como educar uma criança, requer lapidação e dedicação. E é isso que fazemos com quem entra no Flauta Mágica. No começo há pouco interesse por parte da criança, porque sua formação musical geralmente não inclui os ritmos e artistas que ela passa a conhecer dentro do projeto. Mas, depois de um tempo, ela passa a se identificar com a nova atividade e se dedica cada vez mais ao seu novo talento”, disse Gilberto Mendes.
O maestro destacou ainda a importância do espaço da Arena Cultural para os artistas e para a população. “Pela primeira vez Cuiabá ganhou um local adequado para divulgação da sua cultura, com estrutura e equipamentos de ponta e disposição exclusiva dos artistas locais. Só tínhamos esse tipo de espaço em shows nacionais, onde nossa música era uma pequena participação antes do artista principal. A Prefeitura nos cedeu um evento onde podemos nos apresentar com respeito e dignidade”, afirmou.
A apresentação do Instituto Flauta Mágica foi ainda uma prévia do que será mostrado em setembro, durante uma turnê internacional que levará um grupo de 40 participantes do projeto para Áustria, Alemanha e Suíça.
Para a auxiliar administrativa Auxiliadora Medeiros, foi emocionante ver as crianças e adolescentes tocarem e cantarem músicas marcantes, como Let It Be, dos Beatles, Garota de Ipanema e Aquarela do Brasil.
“Cheguei a arrepiar. Essas crianças mostram para nós, adultos, como é importante ter força de vontade e dedicação. Elas cantaram lindamente músicas que em algum momento marcaram a minha vida e hoje pude reviver um pouco essas histórias”, disse.
“O propósito da Arena Cultural é justamente reunir em um único espaço todas as representações da nossa cultura. Além de apresentar músicas populares brasileiras, o Instituto Flauta Mágica é um importante projeto que desperta a cada ano centenas de novos talentos nas regiões periféricas da nossa Capital”, ressaltou o secretário municipal de Cultura, Alberto Machado.
A noite de segunda-feira ainda foi marcada pelas apresentações do dj Dentinho, grupo Raízes do Samba, musical “Mato Grosso: do Ouro à Soja”, Free jazz, Raul Fortes e Big Band, e o trio Brasilis, com Deize Águena e amigas.
Localizada no Memorial João Paulo II, na Morada do Ouro, a Arena Cultural encerra sua programação nesta terça-feira (24), com várias apresentações culturais, exposições, intervenções de artes plásticas, grafite, fotografia, teatro, dança, shows de bandas regionais, mostra audiovisual e feira de artesanato. A entrada é gratuita.
Da Assessoria
