Uma cachorra virou heroína em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois de encontrar um menino de três anos que havia sumido. A vira-lata está com a família de Sueli Marques Gondim, mãe da criança, há cinco anos e achou o garoto depois de quatro horas que ele havia desaparecido. Miguel estava em casa sozinho com a irmã, uma adolescente, e a mãe deles estava no trabalho.
“Eu sai daqui da minha casa às 4h30, porque eu pego ônibus 4h40. E aí eu trabalhei até às 13h. Quando foi às 14h, que eu terminei meu horário de almoço, a minha filha me liga e fala: ‘mãe o Miguel sumiu desde às 13h’”, contou a auxiliar de serviços gerais Sueli.
O garoto foi encontrado num bairro vizinho, a cerca de trinta minutos da casa dele. Miguel estava dentro de um carro e a cadelinha, do lado de fora, esperando por ele. Sueli contou que o filho adora carro. “Na hora que ele vê um carro ele entra. Aí, na hora, o carro estava aberto e ele entrou no carro e não quis sair mais”, disse a mãe de Miguel.
Segundo a Polícia Militar (PM), quando o dono do carro chegou e encontrou o menino, saiu perguntado se alguém conhecia a mãe dele. “Ninguém soube dar informações sobre a criança. Ele tentou conversar com a criança, mas como ela era muito pequenininha, ela só conseguiu falar o nome dela”, relatou o militar Rudnei Rodrigues, que acompanhou o incidente.
O motorista se aproximou, estranhou que a cadela não saía de perto do veículo. Ele, então, suspeitou que a cachorra estivesse com o menino e resolveu espantá-la. A vira-lata Pitucha guiou o motorista até a casa de Miguel.
Sueli Gondim falou que quando viu a cachorra sentiu um grande alívio. “Quando ela apareceu foi um alívio pra gente, porque com certeza ela estava com ele”, contou. A mãe de Miguel falou que vai redobrar os cuidados. “Parar de trabalhar, eu não posso”, afirmou.
Já o policial elogiou o ato heróico da cachorra. “Ela é a nossa personagem principal da história. Ela acompanhou a criança, guardou o tempo todo, e depois, levou até em casa, são e salva. Eu tenho 20 anos de polícia e é realmente uma história de chamar a atenção”, concluiu Rodrigues.
Fonte: G1