O crédito bancário registrou estabilidade em setembro deste ano, com o seu volume total (estoque) permanecendo em R$ 3,04 trilhões, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (27). Na parcial deste ano, porém, houve uma queda de 1,9%.
"O crédito manteve comportamento semelhante ao dos últimos meses, com tendência de estabilização do saldo total, após um período de queda que vem desde o começo de 2016. Em um ambiente que a gente observa continuidade das reduções de taxas de juros e spreads", declarou Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatística do BC.
Segundo a instituição, o estoque do crédito para as pessoas físicas totalizou R$ 1,61 trilhão em setembro, com alta de 0,2%, ao mesmo tempo em que a carteira de pessoas jurídicas somou R$ 1,43 trilhão – com retração de 0,4% no mês passado.
Para os próximos meses, Baldini, do BC, avaliou que a expectativa é que o crédito bancário venha a crescer por conta da recuperação gradual da economia brasileira. "A gente observa algum sinal de recuperação econômica em alguns setores. O mercado de crédito reage a isso. Mas não esperamos que o crédito lidere a recuperação econômica", acrescentou.
Para todo ano de 2017, a estimativa do Banco Central é de que o crédito bancário ficará estável, sem crescimento e nem queda. No ano passado, os empréstimos bancários registraram o primeiro recuo da série histórica do Banco Central, que começou em 2007. A queda foi de 3,5%, para R$ 3,1 trilhões, contra R$ 3,21 trilhões no fechamento de 2015.