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Corpo de Goulart de Andrade será cremado nesta quarta-feira

O corpo do jornalista e apresentador Goulart de Andrade será cremado às 11h desta quarta-feira (24) no Cemitério da Vila Alpina, na Zona Norte de São Paulo. Goulart de Andrade morreu aos 83 anos na madrugada desta terça-feira no Hospital Sancta Maggiore, por conta de problemas no sistema cardiorrespiratório.

O velório ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital. A cerimônia começou por volta das 21h30 e reuniu amigos, parentes e fãs.

O caixão chegou à Alesp Às 21h20 e foi levado por seis policiais militares até o salão.

Casada havia 13 anos com o jornalista, Margareth Bianchini lembrou do amor que o marido tinha pela televisão. "Ele dizia uma coisa engraçada: 'Eu só saio da TV abatido a tiros'”, disse Margareth Bianchini, viúva do Goulart. “Eu dizia para ele que ele cozinhava tão bem, porque ele continuava com a TV? Ele gostava e estava sempre predisposto a ensinar. O legado dele é de alegria." Além da viúva, ele deixa três filhos, três netos e uma bisneta.

O ator Juca de Oliveira foi até a Assembleia. "Ele nos deixa, mas tem seguidores. Deixa um vazio enorme, ele era um excepcional profissional, um amigo fiel. Ele era sempre uma pessoa bem humorada, pronta para fazer uma piada e elevar o astral”, disse.

Ele deve estar de encontrando agora com o Geneton, que nos deixou também", acrescentou, referindo-se ao também jornalista Geneton Moraes Neto, morto na segunda (22), aos 60 anos, no Rio.

O também jornalista e apresentador Marcelo Tas foi até a assembleia na noite desta terça. "Sou fã do Goulart de Andrade", disse. "Ele era de uma generosidade incrível. Ele gostava de entrevistar as pessoas invisíveis."

Neto e colega de profissão do jornalista, Felipe Goulart de Andrade lembrou com carinho do avô. "Ele me ensinou muita coisa, me ensinou a ser homem. Ainda paro para ver as reportagens dele e fico anestesiado”, disse. “Ele sempre dizia: não importa o que aconteça na vida ou na profissão, nunca deixe de ser ético."

“Foi de última hora. Já tinha problema de coração, cardiovasculares. Vinha vivendo bem, mas foi tudo de última hora. Ele estava trabalhando e, há duas semanas, ele ficou mal. Já tinha tido alta semana passada, não imaginava que ele nos deixaria. A gente achava que era passageiro.”

Natural do Rio de Janeiro, Goulart tinha 61 anos de carreira, foi jornalista, publicitário, radialista, ator, diretor, diretor de cinema e TV e empresário do setor de comunicação. Na TV Globo, estreou em março de 1978 o programa "Comando da Madrugada".

A partir de 1983, o Comando da Madrugada deixou de fazer parte da programação da Rede Globo e passou a ser exibido – sempre com o mesmo formato e, às vezes, com nomes diferentes – em várias outras emissoras. Também atuou no "Fantástico", de 1973 a 1976, e no "São Paulo Especial".

Seu último trabalho foi na TV Gazeta como apresentador do programa "Vem Comigo”, onde atuava com alunos da Fundação Cásper Líbero.

Iniciou a vida profissional em 1955, na TV Rio, com o programa “Preto e Branco”.  Trabalhou na TV Tupi, na TV Excelsior, na TV Rio, na TV Globo,  na TV Gazeta, com Fausto Silva, na TV Record, na TV Bandeirantes e no SBT.

Trabalhou também nos jornais escritos "Última Hora" (de Samuel Wainer) e "Aqui São Paulo" e participou de dois filmes: "A marcha" (1972) e "Próxima vítima" (1983).

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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