Economia

Copa ‘iludiu’ setor do turismo em MT

No ano da Copa do Mundo no Brasil, o trade turístico mato-grossense viu frustrada a expectativa de fortalecimento da atividade no Estado. Exceto por algumas obras de infraestrutura de transporte e mobilidade urbana a maioria delas inconclusas ou mal feitas -, o turismo ficou relegado a segundo plano.

Os poucos produtos turísticos do Estado, difundidos país e mundo afora, não podem ser visitados adequadamente. Interdições e a falta de estrutura nas localidades que concentram os atrativos turísticos tornam os passeios a esses destinos frustrantes, senão impossíveis, como observa o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Mato Grosso (SHBR), Luiz Carlos Nigro.

“Em 2014, não aconteceu o que esperávamos”, desabafa Nigro. “Não tivemos um grande número de turistas, principalmente no (período) pós-Copa, e isso por causa da falta de investimentos públicos na estruturação dos pontos turísticos em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, entre outros”.

Incentivar o fortalecimento de novos produtos turísticos no Estado, além de melhorar a estrutura daqueles pontos onde já se registra maior visitação de turistas locais, nacionais e internacionais, é necessário para manter Mato Grosso nesse mercado.

Conforme argumento do trade turístico mato-grossense, alguns destinos correm o risco de entrar em saturação e decadência. No inesquecível ano da Copa do Mundo e em um ano eleitoral, os representantes do segmento turístico retomam as reivindicações de valorização dos atrativos do Estado.

Possuidor de uma diversidade ecossistêmica que pode estimular a visitação no Norte (Amazônia), Sul (Cerrado), Leste (Araguaia) e Oeste (Pantanal), o Estado tem condições de alavancar mais uma atividade econômica como alicerce do desenvolvimento socioeconômico, sustentado atualmente pela agropecuária, indústria, comércio e serviços.

Para atender aqueles destinos com intensa visitação, como Chapada dos Guimarães, Poconé e Nobres (Bom Jardim), por exemplo, é necessário criar um plano de ações que possam ser implementadas num curto prazo, priorizando esses pontos.

“Em Chapada, temos a Salgadeira interditada, o Portão do Inferno fechado”,elenca o presidente do SHBR.

“As pontes da Transpantaneira estão caindo e Nobres continua sem regularização fundiária”, prossegue ele. “Então, temos todos esses problemas que não foram resolvidos, não conseguiram resolver nem para a Copa e fomos iludidos de que essas obras iriama contecer, mas não aconteceu nada”

Gazeta Digital

Redação

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