Ministério Público de Mato Grosso abriu inquérito civil para apurar possíveis irregularidades em processos de licitação que totaliza R$ 72 milhões envolvendo duas empresas ligadas ao deputado estadual Nininho (PSD) e a Prefeitura de Rondonópolis (212 KM ao sul de Cuiabá).
As portarias são assinadas pelo promotor de Justiça Wagner Antônio Camilo, quer saber se houve improbidade durante os 4 certames em que as empresas Tripolo Ltda e a Deterra Ltda, que são administradas pelo filho do parlamentar, Fausto Presotto Bortolini.
As obras são referentes a pavimentação asfáltica e drenagem em 12 bairros da cidade, sendo nos valores de R$ 19.047.598,20, R$ 24.275.153,73, R$ 21.767.389,86 e R$ 7.614.311,70. “[…] sendo destarte oportuno e conveniente investigar se pode ter ocorrido alguma espécie de fraude à licitação e/ou ao contrato com dano ao erário infração aos princípios regentes da administração pública, que possa tipificar ato de improbidade administrativa”, disse o promotor.
A empresa Tripolo e o deputado Nininho já são investigados em outros processos envolvendo contratos com o governo do Estado. Um dos casos é envolvendo fraude na licitação que envolveu a concessão da rodovia MT 130, no trecho de 122 quilômetros entre Rondonópolis e Primavera do Leste, região Sul do Estado.
Essas informações constam na delação de Silval, que diz ainda que parte do valor da propina foi pago pela Construtora Tripolo, que pertence a um filho do deputado, para Jurandir da Silva Vieira. O pagamento para Jurandir foi uma maneira de dissimular a origem do dinheiro e pagar uma dívida de campanha.
Silval afirmou ainda que parte destes R$ 7 milhões serviram para o pagamento de propina a outros agentes públicos. Além disso, o montante foi utilizado para pagar dívidas com o operador financeiro Valdir Piran.
O deputado Nininho nega ser dono da empresa e todas as acusações feitas pelo ex-governador Silval Barbosa.