O consumo de gás natural no mês de junho cresceu 6,7% na comparação com maio, para 59,1 milhões de metros cúbicos por dia, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). O segmento de destaque foi a indústria, com uma alta de 6,8% na mesma comparação, para 28,6 milhões de metros cúbicos. Trata-se do terceiro mês consecutivo de recuperação do consumo industrial, ainda de acordo com a associação.
A Abegás diz estar otimista com o programa Gás para Crescer, do Ministério de Minas e Energia. "Acreditamos, principalmente, que este trabalho que envolverá todos os elos da cadeia – setores de exploração e produção, escoamento e tratamento da produção, transporte e distribuição – contribuirá para que o mercado industrial possa se beneficiar de um gás natural a preços mais competitivos", afirma o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, por meio de nota.
No segmento residencial, junho teve alta de 35% sobre maio, o que a Abegás justifica com fatores sazonais, devido ao inverno mais rigoroso nas regiões Sudeste e Sul. Na comparação com o mesmo mês de 2015, o crescimento foi de 20%.
Também cresceu o consumo de gás natural veicular (GNV) no setor automotivo em junho ante maio, de 0,8%, e 2% sobre junho de 2015
Por sua vez, no segmento comercial, o aumento foi de 2% ante maio e 0,8% sobre junho. Em cogeração, cresceu 7% na comparação com maio, mas caiu 2,6% ante junho do ano anterior.
Na geração elétrica o dado também foi de avanço, de 6,9% sobre o mês anterior, porém recuo de 55,9% em um ano, por conta da redução do despacho elétrico no período.
Semestre
No comparativo do primeiro semestre, o consumo de gás natural caiu 24,5% ante o mesmo período de 2015, como resultado do desligamento das termelétricas a gás e recuperação dos reservatórios de água nas hidrelétricas. A maior retração foi no segmento de geração elétrica, de 44,4% no comparativo semestral, seguido pelo industrial, de 11,7%.
Por sua vez, o segmento automotivo (GNV) apresentou crescimento de 0,9%, o comercial, de 4,1%, e o residencial teve alta de 11,4%.
Fonte: Estadão Conteúdo