Política

Conselho de Ética da Câmara pede à PF acesso ao inquérito da Lava Jato

 
A operação da PF investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
 
Suspeito de auxiliar o doleiro paranaense a localizar projetos na administração pública nos quais poderia ser desviado dinheiro público, Vargas renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e pediu licença de 60 dias após reportagens revelarem sua ligação com Yousseff. Nesta segunda (14), o parlamentar do Paraná disse que irá renunciar ao mandato de deputado nesta terça.
 
No dia 9, o Conselho de Ética da Câmara decidiu instaurar processo disciplinar para apurar a conduta de André Vargas (PT-PR). Segundo Julio Delgado, a PF se colocou à disposição para oferecer os documentos referentes à operação Lava Jato, desde que os deputados obtenham uma autorização judicial.
"Nós viemos pedir à PF que possa colaborar com os nossos trabalhos. A PF nos informou que pode colaborar, dando as informações, mas mediante autorização judicial", explicou Delgado ao final da audiência com os delegados da Polícia Federal.
 
Renúncia
O relator do processo de André Vargas no Conselho de Ética disse ainda que, mesmo com a eventual renúncia do petista, o colegiado dará prosseguimento às investigações. "A Constituição garante que o processo continue mesmo após a renúncia e que se suspenda os efeitos da renúncia até o trâmite final no Conselho de Ética e no plenário", observou.
 
Ainda na avaliação de Julio Delgado, se Vargas renunciar ao mandato, ele estará promovendo uma "jogada meramente política". Para o relator do caso, a eventual renúncia não irá criar "obstáculos" para que o processo continue no Conselho de Ética.
 
"A gente sabe que a renúncia dele [Vargas], neste momento, depois de aberto um processo [de cassação], é uma jogada meramente política. Não se tem nenhum obstáculo no âmbito da representação do conselho em função da renúncia. Então, ele estará inelegível por oito anos se renunciar, com base na Lei da Ficha Limpa", destacou Delgado.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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