Cultura

Confira dicas para curtir seu fim de semana em Cuiabá no Garimpo Cultural

1 ANO DO SLAM DO CAPIM XEROSO

Assopre a vela verde com muita rima e comemore no CARNAVAL POÉTICO! Em apenas um ano foram 11 edições com mais de 47 artistas de Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro se conectando com Mato Grosso através da Poesia. Para esta comemoração, participarão de CAMPO GRANDE (MS) o GF e o Átomos Rap. A batalha de aniversário será neste sábado 24 de fevereiro às 19h30 na Praça da Mandioca, com entrada franca. Eu vou! INFO: (65) 99284 1624

sarau Manoel de Barros

O Sarau de Encerramento da Exposição Centenário Manoel de Barros será na quarta 28 de fevereiro às 19h no Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP). Tendo como tema “Para encontrar o azul, eu uso pássaros”, a exposição promoveu expressões visuais a partir da escrita de Manoel Wenceslau Leite de Barros, nascido em Cuiabá no dia 19 de dezembro de 1916. Aproveite estes últimos dias da exposição para conhecer também seus livros e prestigiar o Sarau. INFO: (65)3615 8355

"Kosi Ewé, Kosi Orixá"

 Aprenda sobre a utilização das ervas no culto umbandista, se inscreva no curso ‘O caminho das ervas na Umbanda’, que acontecerá sábado 24 de fevereiro das 8h às 17h no espaço Casa Cuiabana. Na maioria dos terreiros e barracões o uso é mágico e não medicinal, as ervas são utilizadas para sacudimentos, defumações e banhos, mas nunca para uso fitoterápico, por ingestão. O uso destas plantas é passado pelas entidades, os Guias de Luz, nos trabalhos de atendimento ao público. INFO:  (65) 99242 6174

Repeteco: ENTRE NÓS

Atendendo a pedidos, o duo Estela Ceregatti e Jhon Stuart reapresenta no sábado 24 de fevereiro o pocket show ENTRE NÓS. Viva a experiência das canções de autoria deste casal musical, e releituras de grandes obras de compositores brasileiros. O show intimista conta apenas com 20 lugares em duas sessões: 20h (1ª apresentação) e 21h (2ª apresentação). No Espaço Magnólia por apenas 20 reais. INFO: (65) 99998 6888

A família de Sara

Uma família pode ter várias configurações, e o importante é o amor. Se você ainda não conhece os livros e a personagem SARA, confira no site sara e sua turma e escolha o livro, cada um deles levanta um tópico importante para sermos mais empáticos, mais amorosos, mais preocupados com o mundo em que vivemos. Este livro foi escrito por Gisele Gama Andrade, doutora em Língua Portuguesa e pós-doutora em Avaliação, ​e foi ilustrado por Ronaldo Santana.  INFO: www.saraesuaturma.com.br

A carne: uma narrativa sobre a memória

A MT Escola de Teatro convida para sua primeira Mostra: Corpos Desviantes. Neste final de semana a mostra segue com a obra teatral A carne: uma narrativa sobre a memória. Sexta 23 e sábado 24 de fevereiro, às 20h, no Cine Teatro Cuiabá. Eu assisti “A Carne” logo no início, os ensaios abertos da peça, e fiquei fascinado pelo processo criativo, a lida da palavra cênica, a supremacia do palco mesmo com tanta fala. Depois de muitas apresentações, o público elogia ainda mais o espetáculo. Não vamos perder esta oportunidade. Ingressos limitados na bilheteria. INFO: (65) 2129 3848 e 99635 3486

Próxima semana: Pescando sonhos

O artista visual Rafael Jonnier chama a todos para sua primeira exposição individual na Casa do Parque. A abertura será no dia 1o de março às 19h, com entrada franca. Além de um projeto expográfico surpreendente, o artista promete 20 telas inéditas e uma instalação. Em meio a tanto pandemônio político, violência e agressividade nos meios de comunicação, suavize um pouco sua semana levando a família e os amigos para esta pescaria revitalizante. Jonnier é de Cáceres e tem muitas de suas obras em ruas, avenidas e viadutos por onde você passa, sempre brigando por uma paisagem mais lúdica e colorida. Não perca! INFO: Rafael Jonnier (65) 99659 1122 e A Casa do Parque (65) 3365 4789 e 98116 8083

Práticas para leitura de cena em dança

E vem aí uma oficina imperdível, inscreva-se! Vai de 20 a 23 de março, das 8h às 12h. “A gente quer praticar o encontro, o gostoso de se reunir pra trocar ideias, pra lembrar como pode ser agradável conversar com o outro e escutar o que ele tem pra dizer. As práticas para leitura de cena em dança propõem esse momento de partilhar as estratégias criativas que a gente tem construído no site Parágrafo, e convidar a galera da dança, seja professor, fazedor, criador, pra ajudar a pensar como é esse olhar quando ele vai pra um espetáculo de dança. Como é falar daquilo que não é nosso”.

A performer e crítica Thereza Helena e os artistas Caio Ribeiro e Elka Victorino estão propondo uma oficina muito da hora no Sesc Arsenal. Thereza antecipou pro CIRCUITO MATO GROSSO um pouco sobre a oficina: “É a partilha da poética criativa que temos construído com o Parágrafo do Cerrado. Então o olhar não imperativo sobre o trabalho do outro e a leitura de cena enquanto um, dentre vários, modos de olhar a obra, nos é muito caro. Somada a isso, tem a questão da singularidade pessoal em que cada paragrafador pode colocar à disposição da criação do texto suas referências particulares. É também como a gente pratica as relações de encontro e afeto. O escritor Caio Ribeiro, por exemplo, pode poetar enquanto lê um trabalho, a Elka Victorino pode provocar esse que corpo que dança e escreve. E se o corpo vai dançar e escrever sobre a experiência? Sim. Vamos favorecer essa provocação do corpo que dança e do corpo que escreve”. INFO: (65) 3616 6909 e 99233 4531

El poeta de la transmutación

O Poeta Antônio Sodré participou de diferentes frentes artísticas e culturais em nossa capital. Escrevia, cantava, organizava saraus e vendia livros. Em 19 de fevereiro de 2011 partiu deixando saudade em diversos coletivos e amigos. Numa iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, artistas e produtores culturais apresentaram na segunda-feira passada o evento Showdré, um tributo ao Poeta, na Casa Cuiabana. Com admiração ao que li do querido Sodrezinho e respeito pelos encontros que tivemos em eventos culturais, passo a palavra à Escritora e Imortal da Academia de Letras Marília Beatriz Figueiredo Leite:

Sodré>Sol/dré

Durante seu viver acampado na rampa do bloco do Departamento de Artes, levava no coldre um punhado de letras em livros, poemas e buscava nas artes aquilo que o pensador Pareyson afirmava: o fazer, o conhecer e o exprimir.

Tive a felicidade de conviver com esse franzino e diamantino durante o meu tempo na UFMT. Papos decididos e enriquecedores fizeram de seu viver uma PERMANENTE OBRA DE ARTE.

Não resta dúvida que o poeta, o sujeito e o cidadão espalhava o brilho de sua estrela pois necessitava criar, transformar tudo em sua volta.

O conhecer apreendia não só nas leituras, mas nas conversas trocadas com estudantes e professores.

Com seu jeito encantadoramente tímido, com sua maneira de falar suave foi expressando sua vida interior com as alegrias do espírito e as dores da matéria.

E se esfuma abruptamente como morrem grandes artistas. Vira mito ou símbolo – eis a questão?!

E para Antonio Sodré há uma melodia no ar, no cerrado e nas ruas cuiabanas…

(MarÍlia Beatriz Figueiredo Leite)

Redação

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