Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá apresentou recuo de 1,3% em relação ao mês anterior, registrando 106,5 pontos. O indicador ficou, inclusive, abaixo da média nacional (106,9 pontos).
Ainda conforme o estudo, o nível atual está 3,3% menor no comparativo anual, quando marcava 110,1 pontos.
Segundo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), a queda do índice pode estar ligada às diversas perspectivas econômicas e políticas que influenciam a visão do empresário do comércio na capital, o que, de certo modo, também pode refletir em todo estado.
Os subíndices que apresentaram maiores variações no mês de maio foram as Condições Atuais do Comércio (5,9%) em aumento, enquanto em diminuição se destacaram o Indicador de Contratação de Funcionários (-5,7%) e as Condições Atuais das Empresas Comerciais (-5,6%), sendo que a maior parte dos subíndices apresentaram queda, como o Nível de investimento das Empresas (-3,0) e Situação Atual dos Estoques (-1,0).
Sobre a expectativa de contratações, 45,6% afirmaram que pretendem aumentar um pouco o quadro de funcionários e outros 20,1% pretendem aumentar muito. Já para o nível de investimento da empresa, 37,7% disseram que está um pouco menor em maio e 68,8% responderam que a situação atual dos estoques está adequada no momento.
Já quando perguntado sobre as condições atuais do país, 43,6% afirmaram que pioraram muito, por outro lado, para as condições atuais da empresa 36% responderam que melhoraram um pouco. Quanto à expectativa para empresa, 43,4% esperam que melhore muito e 39,6% disseram que a expectativa para o comércio é de melhorar um pouco.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, espera que os resultados dos componentes podem trazer um alívio e uma retomada para crescimentos futuros. “Entre os subíndices, é interessante verificar o aumento das Condições Atuais do Comércio na capital mato-grossense, após três meses consecutivos em queda, o que delimita as melhores perspectivas para o setor e que pode voltar a se repetir nos próximos meses”.
O índice também apresentou queda no âmbito nacional, com variação de -1,1%, chegando ao patamar de 106,9 pontos esse mês, além de uma redução de 2,5% na comparação com maio de 2023. Na avaliação da CNC, a incerteza dos empresários quanto a taxa de juros e a inflação é o que ocasiona as ações cautelosas para o setor.
