A concentração de chuva em alguns dias de setembro fez com que as usinas sucroenergéticas do estado parassem a moagem entre cinco e seis dias no mês, prejudicando o ritmo de processamento da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (9), pelo presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul), Roberto Hollanda.Segundo Hollanda, na segunda quinzena de setembro foram processadas 1,94 milhões de toneladas de cana, volume 19% menor do que no mesmo período da safra passada. No acumulado desde o início do ciclo em abril, as usinas sul-mato-grossenses já processaram 28,75 milhões de toneladas de matéria-prima, uma quantidade que está 8,13% abaixo da moída neste mesmo intervalo de tempo da temporada passada.
Com menor quantidade de cana-de-açúcar disponível, foi reduzida, conforme o presidente da Biosul, em 20% a produção de açúcar na comparação da parcial das duas safras, caindo de 1,09 milhão de toneladas no acumulado até o fim de setembro no ciclo 2013/2014 para 877 mil toneladas neste mesmo período da temporada 2014/2015.Já a produção de etanol no acumulado desta safra atingiu 1,63 bilhão de litros, sendo 385,6 milhões de litros de anidro e 1,25 bilhão de litros de hidratado. O volume total do biocombustível é praticamente o mesmo, conforme os números da entidade, da parcial da temporada passada.
O presidente da Biosul diz que apesar da chuva ter atrapalhado o andamento da safra, que a boa notícia para o setor é a da manutenção da qualidade da matéria-prima em um patamar superior ao da temporada passada.O índice que mede a qualidade da matéria-prima, o Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 143,29 quilos por tonelada de cana na segunda quinzena de setembro, o que significa que está 5% maior do que foi registrado no acumulado da safra passada, que foi de 128,36 quilos por tonelada.
G1