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Como manter a mente de um cachorro idoso saudável

A maior parte da vida de um cão é a fase idosa. Veja algumas dicas para manter a mente de um cachorro idoso saudável.

Dependendo do tamanho do cão, ele é considerado idoso a partir dos sete anos. Se alguns vivem até 20 anos, mais da metade da vida, ele estará na fase idosa. Há aquele mito de que cachorro velho é cansado, só dorme e não gosta mais de fazer as mesmas atividades. 

Mas isso é uma grande besteira. Cachorro só dorme se não tiver o que fazer. Claro que os idosos, muitas vezes por dor, acabam ficando mais preguiçosos. Mas isso deve ser investigado junto ao médico-veterinário. Subestimar a capacidade cognitiva do cão idoso pode trazer sérios problemas.

A falta de atividade pode fazer com ele vá, aos poucos, perdendo interesse por brincar ou até sair da caminha. Por ficar mais tempo deitado, ele pode engordar, perder massa magra (músculos) e ainda ter mais dores em articulações. Isso sem falar nas possibilidades de doenças degenerativas neurológicas. Os estudos mostram que não há uma única causa para a Síndrome da Disfunção Cognitiva em Cães, mas a falta de estímulos cognitivos é uma delas.

Como introduzir atividades na rotina do cão idoso

Não importa se seu cachorro sempre teve estímulos ou brinquedos, ou se você vai começar agora. O importante é oferecer essa oportunidade. E nada daquela desculpa de “meu cachorro não se interessa por nada”. Se ele não quer nem comer, ele está com problema sério e deve ir ao médico-veterinário. Mesmo cães idosos devem ter apetite e se interessar por comida e petiscos.

A certeza desse interesse é a chave que abre o caminho do enriquecimento ambiental. Começamos a colocar o alimento do cão em dispositivos. Comece fácil, para que ele não frustre e desista. Que tal uma caixa de ovo? Até os cães cegos podem participar dessa brincadeira.

Aqui em casa, eu não posso dificultar muito o momento de alimentação da Aurora, minha cachorrinha idosa. Isso porque ela tem vários problemas na coluna. Então, abaixar a cabeça pode gerar dores intensas. Não tem problema! Vamos improvisar.

Em vez de oferecer atividade com a comida, eu ofereço desafio para chegar até o pote de comida. No corredor, sempre tem algo novo para ela ter que passar. Às vezes é só um cobertor dobrado para escalar. Mas tem dias que coloco um cabo de vassoura para ela passar por baixo. Depende dos materiais que eu tenho em casa. Hoje, por exemplo, tinha uma placa de isopor dando sopa. Já foi pro chão e a Aurora teve que passar por cima para chegar à comida.

Pode parecer algo bobo, mas não é. Só de ter que passar sobre uma superfície diferente e ter que pensar em como transpor aquele desafio, ela já está usando toda sua capacidade cognitiva. Mas para aumentar a atividade diária, também fazemos sessão de treino.

Nada de “senta”, “deita” ou “dá a pata”. Tudo isso é muito difícil pela limitação locomotora dela. Por isso, vamos para o “fica”, “vem”, “deita”, “caminha” e “touch”. Posso fazer todos no mesmo dia ou separar em momentos diferentes.

Claro que os passeios não podem faltar. Mas nada de fazer aquele mesmo caminho todos os dias. A mudança e a novidade de cheiros é muito importante para estimular a parte cognitiva do cão.

Mesmo com as limitações locomotoras, a Aurora ama passear e fazer trilha. Acredita?! Ela é louca por mato e fica cheirando cada centímetro da grama. Se tiver esterco, então, é a cereja do bolo. Mas quando não tem trilha, passeamos em ruas diferentes, parques, praças e até shoppings. Tudo isso para levar mais atividade e enriquecimento à vida dela.

Quer uma dica para começar bem simples? Em vez de colocar a comida naquele mesmo pote todos os dias, que tal jogar a ração pela sala? Melhor ainda se tiver tapete de pelinhos, para esconder os grãozinhos!

Nada de deixar o cachorro dormindo o dia todo! Simbora oferecer mais qualidade de vida a ele! É nossa responsabilidade!

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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