A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (27) projetos relatados pelos senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Armando Monteiro (PTB-PE), que criam universidades federais nas cidades de Rondonópolis (MT), Garanhuns (PE) e Parnaíba (PI). As propostas seguem em regime de urgência ao Plenário do Senado.
A criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) ocorrerá a partir de desmembramento do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) instalado no município, segundo o PLC 2/2018. Para o senador Wellington Fagundes (PR-MT), relator da matéria, com a aprovação do projeto, a UFR ganha independência em relação à UFMT, por adquirir autonomia orçamentária.
— Acredito que teremos um grande avanço na realização de pesquisas, prioritariamente voltadas ao desenvolvimento agrícola, assim como a abertura de novos cursos — afirmou Wellington Fagundes, reforçando que Rondonópolis é hoje uma das cidades que mais crescem economicamente no país, especialmente devido à força do agronegócio.
Garanhuns e Parnaíba
O relatório do senador Armando Monteiro também se refere à criação de universidades a partir de desmembramentos de campi já existentes (PLC 6/2018). São elas a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), que nasce do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Garanhuns; e a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), a partir do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Parnaíba.
A criação da UFDPar, "ainda que resultante do desmembramento da UFPI, pode representar um estímulo à ampliação das oportunidades de acesso à educação superior na região norte do Estado do Piauí e adjacências", afirma Armando Monteiro em seu relatório.
Sobre a Ufape, o senador argumentou que a escolha da sede "reside na existência da infraestrutura física e de profissionais já disponíveis no campus de Garanhuns da UFRPE, assim como na relevância socioeconômica e cultural do município, polo de desenvolvimento da microrregião do Agreste Meridional de Pernambuco".
JK: herói da pátria
Também foi aprovado durante a reunião da CE o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à inclusão do nome do ex-presidente Juscelino Kubitschek no Livro dos Heróis da Pátria (PLC 122/2017).
Na defesa do relatório, Anastasia lembrou que a presidência de JK (de 1955 a 1960) ficou conhecida como os "50 anos em 5", como determinava seu Plano de Metas, focado no desenvolvimentismo econômico. O ex-presidente também entrou para a história pela construção de Brasília e pela perseguição que sofreu do regime militar, lembrou o senador.
— Foi um dos primeiros a ter seus direitos políticos cassados pelo regime militar em 1964, quando era senador. Lutou até 1976, quando morreu num acidente de automóvel, para que o Brasil voltasse à democracia. É sem dúvida um dos brasileiros mais importantes da história, respeitado pelo povo até hoje — disse Anastasia, para quem "na verdade é até difícil falar de JK, devido à extensão da influência que exerceu nos rumos do país".