Variedades

Comida estrangeira para todos os gostos na capital

Cuiabá oferece um grande e variado leque de restaurantes pela cidade, sejam eles tradicionalistas ou não, oferecendo o melhor da comida regional ou simplesmente tipicamente brasileira; ou então trazendo um gostinho vindo direto de outro país, proporcionando uma viagem gustativa sem sair da cidade calorosa.

O Circuito Mato Grosso teve a oportunidade de conversar com alguns proprietários de restaurantes “escondidos” pela cidade para entender a vontade por trás da criação dos espaços e reuniu dicas de restaurantes ou lanchonetes que trazem experiências gastronômicas que somente viagens internacionais poderiam proporcionar.

Mobi Halal

Localizado na Avenida General Mello, logo após a Santa Casa de Cuiabá, o Mobi Halal nasceu depois da morte de Mobarak, o filho caçula de Limia Ali e Motaz Mobara. O garotinho de 11 anos foi diagnosticado com leucemia, mas seguiu bravo e firme enquanto lhe foi permitido, lançando até mesmo vídeos em seu canal no YouTube.

Com a morte de Mobarak, Limia Ali conta que ela e seu marido ficaram desnorteados, sem vontade alguma de seguir em frente. Por recomendação de um amigo, resolveram abrir o negócio, com o objetivo de dispersar os pensamentos sobre a morte do filho, como uma espécie de terapia. Por cerca de um ano, fizeram a reforma do local e abriram o Mobi Halal em agosto do ano passado.

Em contraponto aos restaurantes e lanchonetes árabes, o Mobi Halal oferece pratos, lanches, salgados e doces tradicionalmente árabes, feitos por Limia, seu marido e um amigo, por preços acessíveis. Os doces custam R$ 5, enquanto os salgados variam de R$ 4 e R$ 5. Os pratos são feitos na hora e custam entre R$ 22 e R$ 36; os planos para o futuro envolvem transformar o Mobi Halal em um restaurante de fato.

Entre os pratos mais pedidos na atual lanchonete, está o falafel: bolinhas de grão-de-bico que são fritas na hora. Já entre os doces, há o tradicional bekleua, e entre os salgados há as populares esfirras, que podem ser recheadas de carne, frango, queijo ou espinafre.

Funcionando de segunda a sábado, entre às 7h e 22h, a principal característica do Mobi Halal é a vontade de manter viva uma cultura através da culinária. Lima Ali conta que usa ingredientes e algumas louças vindos do Sudão, seu país de origem.

“A comida árabe não é muito conhecida”, relata Lima. Ela também explica que não adaptou os pratos ou quebrou tradições religiosas — o local não oferece bebida alcoólica — para agregar mais público. A filha Lina Obaid completa dizendo que a ideia por trás da decisão é proporcionar uma experiência completa.

Chef Caliman Bacalhau e Massas

Enquanto a família Limia Ali prioriza a culinária árabe, o Chef Caliman prioriza a culinária europeia, fazendo a junção entre os tradicionais pratos portugueses e os pratos italianos, junção que já dura quase seis anos em seu restaurante Chef Caliman Bacalhau e Massas, localizado na Rua Desembargador José de Mesquita, 109, próximo à Avenida Mato Grosso.

Atualmente com 60 anos, a jornada de José Caliman Neto no meio gastronômico começou por volta dos 50 anos, quando se sentiu um pouco desgastado com sua profissão da época. Caliman era cirurgião-dentista, mas estava insatisfeito, como ele diz: “eu achei que chegou a hora de fazer um mudança”.

Então, Caliman fez faculdade de Gastronomia e passou uma temporada em Portugal e Itália, fazendo cursos específicos sobre bacalhau e massas. Mas somente por recomendação de amigos que o consultório onde trabalhava se tornou restaurante, focado no início somente nos bacalhaus, mas, por conta de amigos, trouxe as massas. Toda a estrutura interna foi refeita, enquanto a parte externa se manteve a mesma.

Variando entre R$ 29,90 (pratos executivos) e R$ 72 (para duas pessoas), entre os pratos mais pedidos está o bacalhau com nata. Na verdade, os pratos com bacalhau fazem muito sucesso, como o lombo de bacalhau com camarão, lombo de bacalhau mediterrâneo e os famosos bolinhos de bacalhau. Porém, apesar da proposta portuguesa-italiana, ainda sobre espaço para uma pitadinha de Espanha com a paella — influência de sua mãe espanhola.

La Gourmandise Creperia

Ainda na Europa e pertinho de Portugal e Itália, há a França e para quitutes franceses há o La Gourmandise Creperia, localizado na Morada do Ouro, na Avenida Djalma Ferreira de Souza. O lugar funciona desde 2014.

Natural de Normandia (noroeste da França), Isabelle Lebon, proprietária do La Gourmandise Creperia, conta em entrevista ao jornal realizada no ano passado que os crepes precisaram ser adaptados porque o povo brasileiro curte pratos bem recheados; entre as adaptações, há também o uso de outros ingredientes, como  filé mignon, e também o requeijão.

A vocação de chef de crepes vem desde pequena, quando sua mãe fazia os crepes. Casada com o cuiabano Celso de Oliveira, Isabelle passou 23 anos em Paris, onde criou os cinco filhos e estudou na escola de gastronomia Chef Crêpière e de Pizzaiolo.

Os crepes franceses são tradicionalmente salgados, mas há opções doces para os amantes de açúcar. Há opções de combos com os dois sabores, ou então o combo de crepe salgado com sobremesa à vontade por R$ 39,90.

 

Para outros gostos

Com um grande número de restaurantes com comidas de outros países, as opções são vastas. Vale uma visita ao El Pancho, caso você goste da apimentada comida mexicana; já se você quer um churrasco tipicamente uruguaio, já o Uruguayo Parrilla; e para os amantes de comida japonesa, é só virar a esquina que você deve encontrar um restaurante japonês.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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