Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio foram divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dizem respeito à série com ajuste sazonal ou seja, descontados os efeitos da sazonalidade do período.
Segundo o IBGE, na série de volume, o resultado volta a ser positivo, depois da interrupção no crescimento apresentada em dezembro (-0,2%). Já a receita nominal segue evoluindo positivamente desde junho de 2012. As médias móveis do volume e da receita cresceram 0,2% e 0,8%, respectivamente.
No comércio varejista ampliado houve altas de 2,1% no volume de vendas e de 1,7% na receita nominal, na série com ajuste sazonal. Em relação a janeiro de 2013, tanto as vendas quanto a receita subiram: 3,5% e 8,8%, respectivamente. O acumulado nos últimos 12 meses foi 3,3% para o volume de vendas e 8,8% para a receita nominal.
Em relação a dezembro de 2013, na série com ajuste sazonal houve altas em oito das dez atividades pesquisadas no comércio varejista ampliado, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,2%); e veículos e motos, partes e peças (1,9%).
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); e tecidos, vestuário e calçados (-0,3%) foram os únicos a apresentar queda na mesma base de comparação.
Na relação janeiro de 2014 com janeiro de 2013, na série sem ajuste, apenas a atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou resultado negativo, com taxa de -4,6%.
Dentre as que obtiveram crescimento, as variações, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes: 5,5% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 13,6% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 7,6% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 5,8% para móveis e eletrodomésticos; 6,9% para combustíveis e lubrificantes; 4,0% para tecidos, vestuário e calçados; e 4,2% em livros, jornais, revistas e papelaria.
Ainda segundo o IBGE, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo inicia o ano com variação de 5,5% no volume de vendas sobre janeiro do ano anterior, proporcionando o maior impacto na formação da taxa de desempenho do comércio varejista (45%).
Isso se deve ao acréscimo do poder de compra da população, uma vez que a massa de rendimentos médio real habitual dos ocupados obteve um crescimento de 3,3% sobre janeiro de 2013, com ênfase nos efeitos do novo salário mínimo, em vigor a partir do primeiro dia do ano, cujo percentual de aumento (6,8%) ficou acima da inflação de 2013 (5,9%) medida pelo IPCA.
Na taxa acumulada dos últimos 12 meses até janeiro, a atividade apresenta crescimento de 2,1%, desempenho, portanto, abaixo dos 4,3% registrados para a totalidade do comércio varejista.
AGENCIA BRASIL