Os dois já dividem o palco no teatro há tempos. Na primeira peça, Vermelho (2012) o pai convidou o filho. Na segunda, a peça Tribos (2013), em que Bruno produz e atua, ele convidou o pai. Medo de cobranças, expectativas por carregar o sobrenome? Bruno não sabe o que é isso. “Acho essa comparação completamente burra. Ele tem de profissão o dobro do que eu tenho de idade. É meu primeiro trabalho na televisão, meu pai já fez 55 novelas. Como é que se compara um ator com o outro? Ele tem 64 anos, eu tenho 24”, afirma.
“Aqui eu sou um profissional, sou um cara muito dedicado, eu respeito todos os meus colegas de trabalho, sou muito estudioso. Adoro o meu trabalho, amo, sou apaixonado pelo que eu faço”, conta Bruno.
Sem querer fazer comparações, Bruno conta que encara a profissão da mesma maneira que o pai. “Eu fico muito honrado de ter um parceiro de cena como o Antonio Fagundes, nós temos as mesmas visões. Claro que ele é a minha escola. A gente troca muito nesse sentido. Mas quando a gente chega em casa, não mais doutor Renato, não mais Giácomo, a gente se abraça, pai e filho. Felizes de termos dividido mais um dia de trabalho.”
Essa dedicação pode ser vista na preparação para a novela. Bruno encarou aulas de canto, dança, preparação corporal…E malhou! “O Luiz queria umas pessoas com um corpo mais específico, ele deu uma instrução bem precisa para cada ator. Novembro e dezembro foi muito puxado. A gente chegava de manhã e saía à noite, invariavelmente, fazendo uma preparação intensa”, conta o ator.
Bruno diz que seu personagem, Renato, deverá ter a postura esguia, costas abertas e elogia o treino funcional do personal trainer Felipe Simões: “É muito legal porque faz muita diferença no corpo, rápido. Quando eu cheguei aqui e fiz a primeira reunião com o Luiz, eu estava com quase 8 kg a mais. Desse período para cá, emagreci tudo isso. Cheguei onde eu queria, estou na fase de criar mais massa magra.”
O visual do personagem incluiu também tingir de ruivo os cabelos castanhos e colocar lentes cor de mel sobre os olhos negros. Segundo Bruno, o jovem médico é um forasteiro que chega na Vila de Santa Fé para trazer a vanguarda, o progresso. O pai, um médico de renome na cidade grande, diz ao filho que ele só herdará o consultório e a clientela se antes o filho for exercer a medicina em algum lugar no interior. “E o filho, como bom aventureiro, adora. Ele pega as coisas dele, vai para a Vila de Santa Fé, acaba se estabelecendo lá, se apaixona, conhece muita gente maluca aqui, cria raízes. Ele é um aficionado pelo futuro, pela velocidade, pela realização das coisas. Ele mal chega e já tem um milhão de planos na cabeça dele. E ele dá um jeito de viabilizar todos. Ele é um cara determinado. Não tem mau tempo, ele vai fundo até conseguir”, conta Bruno.
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