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Com ‘dólares’ na cueca, sindicalistas são barrados na Câmara

Com notas de “petrodólares” em cuecas vestidas por cima das calças, manifestantes ligados à Força Sindical foram barrados no plenário da Câmara dos Deputados na tarde desta quinta-feira, durante a votação de destaques de uma das medidas provisórias do ajuste fiscal de Dilma Rousseff. Ontem, a Força Sindical foi retirada das galerias do plenário depois de promover uma chuva das notas falsas com os rostos da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

O dinheiro na cueca é uma tentativa de constranger o líder do governo n a Câmara, José Guimarães (CE), um dos principais articuladores do ajuste fiscal. Em pleno escândalo do mensalão, em 2005, um assessor do petista foi preso no aeroporto de Congonhas ao tentar embarcar com US$ 100 mil dólares escondidos na cueca. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) livrou o petista de envolvimento no episódio.

Impossibilitados de entrar nas galerias do plenário, os manifestantes circularam pelo Salão Verde da Câmara até a saída principal. "O Dilma, que papelão, roubando o povo para pagar o mensalão", cantavam, segurando cartazes e notas falsas.

A principal iniciativa da Força Sindical, ligada ao deputado Paulinho da Força (SD-SP) é chamar a atenção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que protestou contra a regulamentação da terceirização, mas tem participado pouco do discurso contra o ajuste fiscal. “Vamos pegar a cara de todo mundo e mostrar quem votou a favor”, disse Célio Malta, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos.

Segundo Malta, foram produzidas 30 mil cédulas de “petrodólares” em uma gráfica de Brasília para o ato no plenário, que reuniu sindicalistas de todo o país. Só o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos bancou a viagem de oito diretores para ir a Brasília protestar, num custo de R$ 3,5 mil cada.

A Força Sindical planeja uma reunião para a próxima terça-feira, com objetivo de intensificar os protestos contra a medida provisória 664, que muda regras da pensão por morte e auxílio doença.

Fonte: Terra

Redação

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