Economia

Com apoio do Sicredi, empreendedores geram emprego e renda no estado

Promover o desenvolvimento local e melhorar a qualidade de vida das pessoas e das comunidades são propósitos do Sicredi. E quando os benefícios da atuação da instituição financeira vão além da oferta de produtos e serviços fica fácil para as pessoas decidirem com quem se relacionar. Quem opta pelo cooperativismo de crédito, sistema financeiro do qual o Sicredi faz parte, percebe os efeitos dessa atuação na região nas áreas econômica e social.

Os reflexos da atuação das cooperativas foram medidos e comprovados na pesquisa “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira", realizada pelo Sicredi em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e divulgada em 2019. O estudo avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito entre 1994 e 2017 e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

A conclusão foi de que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local.

Outro fator importante na pesquisa foi o cálculo do Multiplicador do Crédito Cooperativo, um coeficiente que indica o impacto do crédito concedido pelas cooperativas no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para cada 1 real concedido em crédito são gerados R$ 2,45 no PIB e a cada R$ 35,8 mil concedidos pelas cooperativas, uma nova vaga de emprego é criada no país.

Na cidade de Canarana, esse multiplicador de crédito pode ser visto na prática com a trajetória do associado Jonas Felipe Fernandes, 31, que depois de um longo, árduo e trabalhoso caminho conseguiu abrir sua lanchonete, que hoje é considerada um ‘point’ na cidade com a geração de vários empregos com carteira assinada.

Jonas sempre trabalhou com os pais na lanchonete da família e sonhava em ter o próprio negócio, também na área de lanches, mas não queria concorrer com a mãe. Tentou empreender em Goiás, mas não deu certo e retornou a Mato Grosso. “Voltei a trabalhar com a minha mãe na lanchonete, à noite, e de dia trabalhava com meu sogro como servente de pedreiro. E o sonho de ter minha lanchonete estava sempre na mente”, relembra.

Em Rio Verde, o casal trabalhava com a venda de lanches em um trailer, novidade que queria levar para Canarana. Quando voltou, Jonas procurou um veículo que pudesse transformar em lanchonete itinerante. Encontrou um bem velho e comprou, por R$ 2,5 mil, dividido em 5 vezes. Enquanto isso, Jonas pensava em como reformaria o trailer, ao custo de aproximadamente R$ 10 mil, quantia que ele não dispunha naquele momento.

“Foi quando lembrei do Sicredi, instituição financeira da qual eu já era associado, mas que pouco utilizava. Tinha acesso a cheque e peguei um talão para viabilizar a reforma do trailer. Em 3 meses o trailer ficou pronto e comecei a trabalhar, mas o caminho não foi fácil”, conta Jonas ao dizer que constantemente era obrigado a mudar de lugar por causa da fiscalização, até que se “cansou” e decidiu ir para um ponto fixo. Alugou um imóvel, bem localizado e o reformou. “Mas, os órgãos fiscalizadores nunca estavam contentes, sempre pediam adequações. Cansei de investir num ponto que não era meu e fomos atrás de um terreno”.

Com projeto de um prédio de dois andares, Jonas e a esposa trabalharam duro para construir o espaço, mas foram “abandonados” pela construtora na segunda etapa das obras. “Construímos tudo com recursos próprios e quando isso aconteceu ficamos chocados. Lembrei do Sicredi novamente. Levei o caso à minha gerente, mostrei o faturamento da empresa e todos os documentos que precisávamos. Conseguimos um crédito de R$ 200 mil pra reforma e construção. Investimos tudo na obra e ainda precisei de mais R$ 130 mil pra pagar os brinquedos que já tinha encomendado”, conta ele ao dizer que se não fosse o Sicredi não teria concretizado o plano de empreender.

Com a lanchonete, Jonas não realizou apenas o seu sonho e o da esposa de terem o próprio e bem-sucedido negócio. Eles também contribuem com a realização de projetos de outras pessoas, pois mantém 12 funcionários com carteira assinada, com todos os diretos trabalhistas garantidos.

Ainda conforme a pesquisa da Fipe, a inclusão financeira de famílias, pequenos produtores e empresas forma um ciclo virtuoso que fomenta o empreendedorismo local, reduz desigualdades econômicas e aumenta a competitividade e a eficiência no sistema financeiro nacional. A Fipe concluiu ainda que os princípios e a disseminação das cooperativas de crédito se mostram convergentes com objetivos maiores no campo das políticas públicas, tendo em vista o seu potencial impacto na redução das desigualdades econômicas e inter-regionais, bem como no aumento da concorrência e da eficiência no âmbito do Sistema Financeiro Nacional.

“Por meio do cooperativismo de crédito, que tem o objetivo de crescimento mútuo, os associados têm naturalmente um maior incentivo para realizar seus sonhos. Projetos são tirados do papel e negócios prosperam. Isso graças ao compromisso da instituição financeira cooperativa de ajudar os associados a ter uma vida melhor. Por este e por outros diferenciais podemos dizer que o Sicredi é uma alternativa que rende um mundo melhor”, conclui o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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