O cio pode ser definido como várias alterações fisiológicas que acontecem com a gata, deixando-a em um estado de excitação sexual para receber o macho e realizar o acasalamento. Eventualmente, se a fêmea não for castrada, ela irá entrar no cio, que também é chamado de estro. Esse período pode ser facilmente identificado pelos pais de pet, já que as mudanças comportamentais são bastante expressivas. Por se tratar de um assunto complexo e que gera muitas curiosidades, a seguir você pode conferir tudo sobre o cio em gatas.
Quando acontece o primeiro cio da gata?
O cio irá acontecer quando a gata atinge sua maturidade sexual, que é por volta dos cinco a 10 meses de idade. Apesar disso, o período em que ocorre o primeiro cio pode ser algo relativo, fazendo com que algumas entrem com apenas quatro meses ou só com um ano de idade. Há algumas evidências que mostram que gatas de pelo longo podem entrar no cio mais cedo do que gatas de pelo curto, por exemplo. Outros fatores que podem interferir são a raça, condição corporal e época do ano.
Como funciona o cio da gata?
Falando em época do ano, o cio da gata é definido como poliéstrico sazonal, que significa que elas podem ter vários ciclos ao ano (poliéstrico) e que vão depender das estações do ano. A época da reprodução é dependente de fatores ambientais e geográficos, como a temperatura e a quantidade de luz no dia. Por isso, gatas que vivem em ambientes tropicais, como o Brasil, podem ter cio durante todo o ano – já que o ambiente é propício a isso. As estações que são mais prováveis das gatas entrarem no cio são a primavera e verão, mas como elas nem sempre são bem definidas, isso pode não seguir uma regra.
O cio é composto por cinco fases:
- Proestro: Essa fase é curta e a gata não mostra nenhuma alteração comportamental evidente. Geralmente é marcada pelas fêmeas esfregando a cabeça nos objetos e os machos tentando uma aproximação sem sucesso.
- Estro: O estro é caracterizado pelas fêmeas sendo receptivas aos machos e os deixando se aproximar para realizar o acasalamento. É nessa fase que há a maior evidência de que a gata está no cio, pois o comportamento é alterado e elas tendem a miar alto e ficam com uma postura característica: patas da frente estendidas e quadril erguido.
- Interestro: O interestro é uma fase intermediária entre os estros e acontece quando não ocorre a cópula. Tem duração aproximada de sete dias e após esse período, as fêmeas podem voltar a fase de estro novamente.
- Anestro: Essa fase é uma pausa no ciclo e ocorre devido a influência do ambiente, como dias mais curtos e a não incidência de sol. Em lugares onde os dias são longos, essa fase costuma não ocorrer.
- Diestro: O diestro é marcado pela ovulação da gata logo após a cópula, pois a ovulação ocorre quando há o acasalamento. Se houve a fecundação, a gata irá gestar lindos filhotinhos.
Quanto tempo dura o cio da gata?
O cio propriamente dito, que é a fase de estro (quando a gata fica receptiva ao macho), geralmente pode se prolongar por vários dias, tendo em média seis dias de duração. Caso não aconteça o acasalamento, em pouco tempo ela poderá entrar no cio novamente.
Sinais que a gata está no cio
As fêmeas de felinos domésticos são bastante expressivas e mudam seu comportamento quando entram no cio. Elas tendem a ficar mais carinhosas, se esfregando nos móveis, levantando o quadril ao receber carinho, vocalizando de forma alta e até mesmo demarcando território com jatos de urina. É incomum que as gatas apresentem sangramento como as cadelas e, por serem muito higiênicas, mesmo que ocorra, costuma ser imperceptível.
É preciso cautela ao perceber esses sinais, pois além dos comportamentos citados, as gatas geralmente investem todos os seus esforços para sair de casa e os gatos machos da região podem sentir de longe que uma gata está no cio. Uma escapadinha possui riscos de resultar em filhotes dois meses depois.
A castração é a solução
Para evitar prenhez indesejada, a castração é a melhor solução e deve ser planejada com o médico veterinário. Além de evitar uma gestação, a cirurgia pode deixar a gata mais calma e ainda evita doenças como piometra e diminui as chances de desenvolver tumores de mama. Por mais que seja uma decisão individual, se você não é criador, não há motivos para não realizar a castração.