Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anuncia retomada da venda de carne bovina brasileira para a China. Isso porque a potência asiática reabilitou três frigoríficos que estavam vetados após a identificação de ácido nucleico do coronavírus no produto desde abril de 2022. No mês seguinte, os chineses suspenderam novamente a importação da proteína animal sem alegar nenhum motivo.
“São ações que aconteceram nas últimas horas que mostraram que o mundo voltou a acreditar no Brasil”, destacou o titular da pasta, Carlos Fávaro (PSD-MT), durante entrevista coletiva.
Ainda de acordo com o ministro, outras 11 plantas nacionais também foram habilitadas pela Indonésia para exportação de carne. Neste caso, as negociações tiveram início em 2019. No ano passado, o país localizado no sudeste da Ásia importou 20,6 mil toneladas de carnes do Brasil, totalizando mais de US$ 110,4 milhões negociados.
A reabertura e o estreitamento das relações comerciais com grandes players internacionais devem trazer resultados ainda melhores para a balança comercial brasileira.
Em entrevista ao Jornal do Meio-Dia nesta quinta-feira (19), o diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, comenta que a qualidade da proteína animal produzida no estado e no país é fundamental para atingir novos mercados. “Além de aumentar a cota de participação dos países que já consomem a nossa carne”.
Em 2022, a exportação de carne bovina atingiu o melhor patamar da série histórica, superando em 25,2% o volume comercializado no ano anterior. Em Mato Grosso, foram movimentadas mais de 605,4 mil toneladas em equivalente de carcaça (TEC) – maior volume da série histórica. Já em receita, foi alcançado cerca de US$ 2,7 bilhões – acréscimo de 59,3% no comparativo anual.