As maiores altas foram verificadas em Salvador (16,74%), Natal (14,07%) e Campo Grande (12,38%). As menores oscilações ocorreram em Goiânia (4,37%) e Brasília (4,99%). Em São Paulo, a alta foi de 7,33%.
Em dezembro, houve aumento da cesta em 15 cidades. As maiores elevações foram registradas em Goiânia (7,95%) e Florianópolis (7,86%).
Porto Alegre foi a capital com o maior valor para a cesta básica em dezembro (R$ 329,18), seguida por São Paulo (R$ 327,24) e Vitória (R$ 321,39). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 216,78), João Pessoa (R$ 258,81) e Salvador (R$ 265,13).
Salário mínimo deveria ser R$ 2.765
Com base no custo apurado para a cesta básica no país e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que, em dezembro, o menor salário pago no país deveria ser R$ 2.765,44, ou seja, quatro vezes o mínimo em vigor.
Segundo a pesquisa, em dezembro de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família foi de R$ 2.561,47.
Em dezembro de 2013, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, foi de 94 horas e 47 minutos, ante a uma jornada de 94 horas e 23 minutos no mesmemo mês do ano anterior.
Tomate subiu até 34%
Entre os produtos da cesta básica, leite, farinha de trigo, banana, pão francês e batata tiveram aumento em todas as regiões do país em 2013, segundo o Dieese. Já o óleo de soja foi o único produto da cesta que teve seus preços reduzidos em todas as cidades.
O preço do leite in natura aumentou em todas as localidades em 2013, com variações
acumuladas entre 6,18% (Manaus) e 28,24% (Belém). A farinha de trigo teve
variações que chegaram a 67,06% em Florianópolis e 55,56% em Campo Grande. O preço do pão francês variou entre 2,13% em Aracaju e 24,17% em Campo Grande. No caso da batata, a alta ficou entre 4,41% no Rio de Janeiro e 45,60% em Porto Alegre.
O tomate, apontado como grande vilão da inflação no início de 2013, acumulou no ano altas de até 34,43% em Natal, 33,61% em Vitória, 28,87% em Aracaju, 21,09% em Porto Alegre e 20,57% no Rio de Janeiro. O preço do produto, porém, não variou em Brasília e diminuiu em Salvador (-6,91%), Campo Grande (-4,01%), Manaus (-3,61%) e Goiânia (-2,46%). Em São Paulo, o tomate acumulou alta de 3,76% no ano.
G1