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Caseiro e viúva de Malhães são ouvidos pela polícia do Rio de novo

 
Segundo o delegado Marcus Maia, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), já foram ouvidos dois filhos do coronel Paulo Malhães. Um deles neste domingo (27) e outro na manha desta segunda. Além disso, a polícia busca imagens de câmeras de segurança da região para serem analisadas.
 
O caseiro e a viúva  do coronel Malhaes são a principal fonte de informação da polícia. Segundo Maia, a polícia segue na rua produzindo dados e recebendo informações pelo disque-denúncia. O depoimento de dois dos cinco filhos também trouxe informações sobre a vida do coronel.Com base nos depoimentos da viúva do coronel e do caseiro do sítio do casal, a Polícia Civil irá confeccionar o retrato falado dos homens suspeitos de invadirem a propriedade. A informação foi divulgada no fim da tarde deste sábado (26) pelo delegado adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada, William Pena Júnior, após equipe da unidade realizar uma perícia complementar no local.
 
Perfil do coronel
A polícia disse que com os depoimentos está traçando um perfildo coronel. "Estamos trabalhando para criar uma rotina de vida dele, de desafetos, vizinhos". Maia disse que com o que a polícia colheu até agora é possível dizer que Malhães era uma pessoa reclusa, até pelo local que vivia. "É uma micelânea.Tem pessoas que falam que ele tinha um problema de relacionamento social mas tem também quem disse que ele ajudava vizinhos a pagar dívidas e era um cara solícito".
 
O delegado disse que a linha de investigação da polícia ainda é latrocínio (roubo seguido de morte), vingança e queima de arquivo. "As coisas caminham para o latrocínio mas não é a principal linha".Segundo ele, a o laudo cadavérico vai ajudar a tirar as dúvidas sobre a causa morte do coronel. "A gente quer ser preciso e técnico", disse
 
Invasão ao sítio
Conforme depoimento prestado pela viúva Cristina Batista Malhães à polícia, pelo menos três homens, um deles com o rosto coberto, invadiram o sítio na tarde de quinta-feira (24). Ela disse que a invasão ocorreu por volta das 13h e que até as 22h ela e o caseiro foram mantidos reféns em cômodos separados. Os criminosos fugiram levando armas que o oficial colecionava e dois computadores.
 
O coronel foi encontrado morto depois que os invasores deixaram a propriedade. O delegado William Pena Júnior destacou neste sábado (26) que a principal linha de investigação é de latrocínio (roubo seguido de morte). Porém, destacou que não são descartadas as hipóteses de vingança e queima de arquivo apontadas na sexta-feira (25) pelo delegado adjunto Fabio Salvaretti, também da Divisão de Homicídios (DH) da Baixada Fluminense.
 
Ainda segundo o delegado William Pena Júnior, a polícia desconhece informações que apontem possíveis ameaças sofridas pelo coronel Malhães antes de ser encontrado morto. Há cerca de um mês, ele havia admitido na Comissão Nacional da Verdade que participou de torturas e desaparecimentos durante a ditadura, inclusive o do ex-deputado Rubens Paiva.
 
Perito diz que morte pode ter sido natural
A guia de sepultamento do corpo do coronel reformado Paulo Malhães, à qual a Globo News teve acesso, informa que ele sofreu edema pulmonar, isquemia do miocárdio e miocardiopatia hipertrófica. De acordo com o perito criminal Mauro Ricart, essa é a causa da morte identificada pelo Instituto Médico-Legal e sugere que Malhães faleceu em decorrência de causas naturais.
 
Em entrevista à Globo News, Mauro Ricart destacou que Malhães era portador de uma cardiopatia grave (doença do coração.Não se pode afastar a hipótese de uma violência emoção precipita um infarto. Com essas informações [do laudo do IML], a causa da morte dele é natural, disse.
 
O perito descartou que o ex-coronel tenha morrido de forma violenta.Se houvessem ferimentos visíveis decorrentes de uma luta, certamente o laudo cadavérico demonstraria isso numa descrição minuciosa, ressaltou.
 
G1

Redação

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