As vítimas, três integrantes da escola e uma mulher que assistia ao desfile, morreram eletrocutadas. A espectadora chegou a ser levada para o Pronto-Socorro da Zona Noroeste da cidade, mas não resistiu.
O fogo no carro começou por volta da 1h15, logo após a alegoria bater nos fios, já na dispersão. O Sambódromo ficou às escuras e os desfiles foram cancelados.
O ex-jogador Coutinho, que desfilou no carro alegório, lamentou o acidente. Ele desceu pouco antes de a alegoria ser incendiada. "É triste. Infelizmente as pessoas acabam perdendo os entes queridos em um piscar de olhos. Lamentável mesmo", afirmou.
O último dos três carros da agremiação, pertencente a uma torcida do Santos Futebol Clube, tocou fios elétricos em um poste na área de dispersão logo após o fim do desfile. Segundo os bombeiros, três integrantes da escola moreram no local. Uma mulher morreu no hospital.
Seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento. Por volta das 9h, cinco permaneciam internadas. O estado de saúde delas não foi divulgado.
Com o acidente, o fornecimento de energia para 6.000 casas foi interrompido na Zona Noroeste de Santos. A passarela Dráusio da Cruz também ficou sem energia.
O carnaval deste ano é o primeiro após uma grande reforma na passarela do samba de Santos. Prédios foram construídos para abrigar a imprensa e os camarotes.
Coutinho se salvou
Segundo testemunhas, três das vítimas que morreram estavam na chamada "ala da força", responsável por empurrar o carro, que homenageava o ex-jogador Pelé. Já a mulher morta estava na calçada.
O carro levava várias crianças e o ex-jogador Coutinho, mas eles desceram antes do acidente e não se feriram.
A escola Sangue Jovem é formada por integrantes da torcida organizada homônima do Santos Futebol Clube. Foi a segunda a se apresentar durante a madrugada. Depois dela, três escolas ainda se apresentariam: Unidos dos Morros, X-9 e União Imperial.
Interrupção dos desfiles
Por volta das 2h40, os organizadores do carnaval anunciaram ao público que não haveria mais desfiles na noite. Após o anúncio, milhares de pessoas que ainda estavam no Sambódromo se deram as mãos e fizeram um minuto de silêncio.
A decisão de interromper o desfile foi tomada em uma reunião com todos os presidentes das escolas de samba do grupo especial e o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
"É uma tragédia que tivemos na cidade", disse o prefeito, em pronunciamento no Sambódromo. "Não existe clima para a continuidade do desfile. É um momento de extrema tristeza", completou.
FONTE: PrimeiraHora | G1