O objetivo da renegociação é socorrer os cafeicultores, já que o setor atravessa uma crise. Os preços do grão estão em queda no mercado doméstico e internacional, em função da oferta elevada. Agricultores brasileiros alegam que a venda das sacas de café não está cobrindo os custos com a produção. Ontem (30) o CMN aprovou resolução destinada a estimular o comércio do grão, aumentando de R$ 50 milhões para R$ 100 milhões o teto da linha de financiamento para aquisição de café. O colegiado também ampliou prazos para contratação de crédito.
Também na quinta-feira, o Ministério da Agricultura divulgou a disponibilidade de R$ 300 milhões em recursos para do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar a colheita de café. De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, o dinheiro é parte dos R$ 2 bilhões destinados ao Funcafé para a última safra. Os recursos tiveram atraso na liberação. O montante para 2014 não está definido e ainda não tem data para liberação. Segundo a pasta, a ideia é que os cafeicultores aproveitem os recursos restantes do ano passado para iniciarem a colheita sem necessidade de vender café no início da safra, já que os preços costumam ser baixos.
Outra política do governo de socorro ao setor cafeeiro são os leilões de contratos de opções de vendas. Em 2013, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou quatro operações do tipo. Por meio delas, o governo se compromete a adquirir sacas de café dos produtores ao preço prefixado de R$ 343. Em março, os produtores do grão poderão decidir se vendem seu café para a Conab ou se o negociam no mercado, caso os preços sejam mais vantajosos.
Agência Brasil