Circuito Pet

Brincadeira é assunto sério!

Amamos admirar nossos pets se distraindo, brincando, apresentando comportamentos que são naturais, desafiadores e prazerosos. Amamos ainda mais quando esses comportamentos ocorrem e fazemos parte desse contexto, quando existe uma interação positiva, saudável e divertida para ambas as partes.

Mas, o que realmente as brincadeiras significam na cabeça destas espécies tão diferentes que escolhemos compartilhar nossos lares, nossas rotinas, nossas vidas?

Do ponto de vista da Etologia, ciência que estuda o comportamento dos animais, a maioria das brincadeiras solitárias ou com a nossa participação simulam comportamentos associados à caça.

Em vida livre, a maioria dos canídeos e felídeos passa a maior parte do tempo acordados procurando recursos alimentares, para sobrevivência e perpetuação da espécie. É isso mesmo! Isso significa que oferecer o alimento sem desafios é perder uma grande oportunidade de proporcionar qualidade de vida ao seu pet, pois este é o comportamento inato, o instinto mais importante e presente em toda sua vida.

Sabendo-se disso, apresentamos de uma forma simplista a sequência comportamental de uma caçada, do ponto de vista do caçador e como cada categoria de brinquedos auxilia na mimetização de cada uma dessas etapas.

Sim! A maioria de nós já estimula um pouco seu pet de uma forma que faça sentido à ele, mas ainda não de uma forma consciente, estruturada e planejada. Vamos conhecer as principais etapas de uma caçada:

  • FAREJAR – recursos com odores atraentes, que atiçam o sentido mais importante e desenvolvido dos cães e gatos, essencial para detectar uma presa a grandes distâncias. Exemplo: mordedores e brinquedos com odores de alimentos aos cães.
  • VISUALIZAR – brinquedos que possuam um formato, textura, peso e volume que mimetizam uma presa típica da espécie caçadora. Exemplo: bicho de pelúcia de várias espécies aos cães.
  • PERSEGUIR – produtos cuja principal característica é a mobilidade, que se movimentam de uma forma ocupacional ou interativa, que simulem uma presa fugindo do predador. Exemplo: frisbees, bolinhascomedouros + brinquedos dispensadores de petiscos cuja principal proposta é a perseguição aos cães.
  • APREENDER / LUTAR / ABATER – brinquedos que simulem uma presa, onde os predadores irão imobilizá-las e abatê-las. Os sons emitidos por essas presas são muito motivadores. Exemplo: bicho de pelúcia, bichos de látex e vinil com squeakers (aquele objeto/ apito que emite sons estridentes, agudos quando apertados).
  • MASTIGAR / INGERIR – recursos cujo objetivo está relacionado diretamente com o fornecimento rotineiro de alimentos de uma forma desafiadora, divertida, saudável e ocupacional. Exemplo: brinquedos recheáveis, comedouros + brinquedos e dispensadores de petiscos condizentes ao porte de cada cão.
  • ROER – mordedores com uma boa resistência mecânica, que podem ser rígidos ou maleáveis, cujo objetivo é permitir os canídeos de exercerem o comportamento natural de morder e roer. Isso ocorre principalmente no final da ingestão de carcaça de grandes presas. Exemplo: mordedores macios ou maciços aos cães.

Sabendo-se agora o que se passa na cabeça de seu cão quando observamos a ação ou interagimos com ele, fica mais simples compreendermos a importância de termos diferentes recursos com diferentes propostas que se complementam, a fim de atender todas suas necessidades fisiológicas e comportamentais.

Bem-estar pleno é muito mais do bem-estar físico. Os cuidados com seu bem-estar psicológico e emocional são tão importantes aos nossos pets quanto o bem-estar físico. 

E isso tem um peso ainda maior quando lidamos com uma espécie que escolhemos dividir nosso espaço, nosso tempo e são 100% dependentes de nós para que vivam uma vida que vale a pena ser vivida.

Só Amor não basta… é preciso dedicação, comprometimento e um pouco de conhecimento. Vamos juntos elevar a qualidade de vida deles?

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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