Economia

Brasileiro vai gastar R$ 109 em média com presente de Natal

Os brasileiros pretendem gastar, em média, R$ 109,81 com o presente de Natal deste ano, de acordo com pesquisa de intenção de compras do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) divulgada nesta terça-feira (8). Esse valor representa uma queda real (já descontada a inflação) de 5,34% na comparação com o ano passado.

No ano passado, os consumidores investiram, em média, R$ 106,94 no presente de Natal. Em 2014, o valor havia sido de R$ 125,22. O SPC Brasil e a CNDL informaram ainda que, em 2016, os consumidores das classes C e as mulheres devem gastar ainda menos do que a média: R$ 101,42 e R$ 84,65, respectivamente.

Ao todo, 107,6 milhões de brasileiros deverão ir às compras no Natal deste ano — público semelhante à estimativa de 109,3 milhões de consumidores, que compraram algum presente na mesma data de 2015.

A pesquisa indicou que 72,2% dos consumidores vão comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, enquanto 7,4% disseram que não vão presentear ninguém e 20,4% ainda não se decidiram — o que equivale a quase 30,4 milhões de indecisos e potenciais compradores.

A expectativa é que, com esses quase 108 milhões de consumidores nas lojas, o Natal deste ano injete R$ 50 bilhões na economia brasileira. Isso porque o gasto total de cada brasileiro deverá alcançar R$ 465,59.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, explicou que os dados permitem entender que, mesmo diante da crise, o Natal continua exercendo uma forte influência no estímulo ao consumo, superando outras datas comemorativas.

— A tradição do Natal se impõe mesmo com as dificuldades da crise, como desemprego, juros e inflação alta. Apesar do cenário econômico adverso, o Natal deverá movimentar grandes somas em diversos setores da economia. Essa é uma oportunidade para os comerciante e lojistas se recuperarem das perdas que tiveram ao longo do ano, em virtude dos efeitos da recessão.

Dívidas

Considerando os 7,4% dos brasileiros que não vão presentear ninguém no Natal, o endividamento é o principal motivo para essa decisão. Quase um quarto deles (23,3%) apontou a necessidade de priorizar o pagamento de dívidas como razão para evitar as compras de Natal. Entre as mulheres, o percentual cresce para 33,8%.

Outras razões ligadas à crise e avaliadas pelos entrevistados como obstáculo para a compra de presentes foi o desemprego (13%) e a falta de dinheiro (12,4%). Outros 20,6% alegaram que não vão presentar por não terem o costume.

Presentes preferidos

O estudo do SPC Brasil e da CNDL indica que as roupas são o presente preferido entre os compradores no Natal deste ano — seis em cada dez brasileiros disseram que podem comprar esse item. Na sequência, aparecem os brinquedos (41,6%), calçados (34,7%), perfumes e cosméticos (30,3%), acessórios, como bolsas, cintos e bijouterias (20,7%), smarthphones (17,6%) e livros (17,0%).

O levantamento considerou 1.632 entrevistas com consumidores das 27 capitais do País. Depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4 pontos percentuais, respectivamente. O nível de confiança é de 95%.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26