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Brasil ainda terá novos 1 mil casos de microcefalia nos próximos meses

A organização Mundial da Saúde anunciou que o Brasil ainda poderá ter 1 mil novos casos de microcefalia confirmados e ligados ao vírus da zika nos próximos meses. A informação foi divulgada pelo especialista Anthony Costello e pelo diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde, Pete Salama, nesta terça-feira (22), em Genebra, na Suíça.

Na última sexta-feira (18), a OMS determinou o fim da emergência sanitária internacional devido ao vírus. Salama voltou a falar sobre o assunto e disse que, quando a emergência foi declarada em fevereiro de 2016, não havia uma confirmação para a ligação entre a microcefalia e o zika.

Segundo ele, agora a ligação é confirmada e por isso deve haver uma criação de um plano a longo prazo. Uma nova equipe deverá criar esse programa a ser instalado pela organização. Neste ano, a epidemia afetou mais de 75 países e, no Brasil, gerou mais 200 mil casos reportados de infecção pelo zika ao Ministério da Saúde.

"Não estamos diminuindo a importância do zika ao colocar isso como um programa de trabalho mais longo, estamos enviando a mensagem de que o zika está aqui para ficar", disse Salama.

Emergência no Brasil
Até hoje, mais de 2 mil casos de bebês foram registrados com a malformação no Brasil. Mesmo com a mudança no status internacional, o Ministério da Saúde anunciou que o vírus da zika ainda é uma emergência nacional em saúde pública. Na manhã a última sexta, o ministro Ricardo Barros estabeleceu novos critérios para o diagnóstico da doença, assim como para a confirmação de microcefalia nos bebês.

A partir de agora, os profissionais deverão levar em consideração não apenas o perímetro da cabeça das crianças. Fatores como perda de visão, audição, comprometimento e deficiência de membros também serão levados em conta na avaliação dos médicos.

Todas essas novas regras serão divulgadas para profissionais de saúde, cuidadores e familiares de pacientes. Além das mudanças das normas sobre o vírus da zika, as novas diretrizes vêm com passos para que qualquer profissional da Atenção Básica também possa tratar crianças com alterações no desenvolvimento.

Fonte: G1

Redação

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