O principal índice da bolsa paulista operava perto da estabilidade no começo do pregão de terça-feira (14), diante das expectativas em torno das negociações do governo para avançar a reforma da Previdência e de olho ainda no intenso calendário de balanços corporativos, conforme se aproxima o fim da temporada de divulgações de resultados.
Às 12h07, o Ibovespa caía 0,05%, a 72.439 pontos.
Na véspera, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, do PSDB, pediu demissão, levando o Palácio do Planalto a confirmar poucas horas depois que vai aproveitar o movimento para iniciar a reforma ministerial, que deverá estar concluída, segundo nota, até meados de dezembro.
"A intenção é fortalecer novamente a base governista oferecendo pastas relevantes para partidos descontentes", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos, em nota a clientes.
Com o movimento, ressurgem as expectativas de que o governo consiga ganhar mais força para emplacar sua reforma da Previdência, em uma versão mais enxuta, embora o calendário apertado para votar a medida este ano ainda gere alguma incerteza.
Destaques
Petro do mesmo horário, Petrobras PN caía 3,19% e Petrobras ON tinha perda de 4,18%, entre as maiores perdas do Ibovespa, após resultado do terceiro trimestre, com lucro líquido de R$ 266 milhões de reais, abaixo da expectativa do mercado, em meio a eventos não recorrentes, como contingências judiciais e adesão a programas de regularização tributária, além de queda nas vendas de combustíveis.
JBS ON subia 5,13%, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após a empresa de alimentos reportar lucro líquido no terceiro trimestre de 323 milhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 4,32 bilhões, alta de 37% na comparação anual. Segundo analistas do BTG Pactual, o forte resultado da JBS mostra como o "senso de urgência" pode ajudar a restaurar valor.
Vale ON recuava 0,66%, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em alta nesta sessão.
Véspera
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,43%, a 72.475 pontos.