O principal índice da bolsa paulista (B3) opera em alta nesta quinta-feira (4), renovando novamente o recorde intradia. Os investidores acompanham o bom humor externo e esperam os desdobramentos sobre a votação da reforma da Previdência.
Às 13h59, o Ibovespa subia 1,33%, a 79.032 pontos.
Internamente, o foco dos investidores está no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, no fim deste mês, que pode tirá-lo da corrida eleitoral, e nas articulações do governo para aprovar a reforma da Previdência, que tem sua primeira votação no Congresso marcada para fevereiro, destaca a Reuters.
Na véspera, houve troca de cadeiras nos ministérios, com o pedido de demissão do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, enquanto o governo indicou a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para assumir o Ministério do Trabalho.
"A articulação política acelerou e o forte fluxo de entrada de investidores estrangeiros corrobora com o rali da bolsa nesse início de 2018", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
No exterior, operadores destacam que os sinais seguem positivos de fortalecimento das economias, mas com inflação ainda enfraquecida, o que deve levar bancos centrais como o dos Estados Unidos a manter um ritmo gradual de alta de juros.
Último pregão
Na véspera, o índice teve valorização de 0,13%, a 77.995 pontos. No pico mais alto do dia, o índice atingiu 78.413 pontos, renovando a máxima intradia pela primeira vez desde outubro do ano passado, segundo a Reuters.
Nos dois primeiros pregões do ano, o Ibovespa já subiu 2,08%. O índice acumula alta de 7,3% em oito pregões, a maior sequência no azul desde julho de 2016, quando subiu por 10 sessões seguidas.
Destaques
Perto do mesmo horário, CSN ON avançava quase 5%, após anunciar na véspera reajuste de preços do aço para montadoras e outros grandes clientes industriais. Usiminas PNA tinha alta de mais de 6% e Gerdau PN ganhava mais de 5%.
Petrobras PN tinha alta de 1,20% e Petrobras ON ganhava 1,37%, ainda reagindo ao acordo assinado pela petroleira para encerrar ação coletiva nos Estados Unidos, que prevê o pagamento de US$ 2,95 bilhões, o maior valor entre as ações coletivas nos EUA em uma década, mas ainda abaixo do previsto por analistas, que estimavam até US$ 10 bilhões.
Vale ON subia 1,69%, em dia também positivo para os contratos futuros do minério de ferro na China.