Corretores trabalham na bolsa de valores de São Paulo (Foto: Miguel Schincariol/AFP)
O valor de mercado de todas as empresas brasileiras listadas na Bovespa foi ultrapassado pelo México, segundo um levantamento feito pela provedora de informações financeiras Economatica. A bolsa brasileira recuou 2% nesta quarta-feira (23), fechando no vermelho pelo quarto dia seguido.
As 121 empresas listadas na bolsa do México terminaram o dia com valor de mercado de US$ 478,8 bilhões, contra US$ 471,6 bilhões das 300 empresas brasileiras de capital aberto.
Os preços das ações determinam o valor de mercado das empresas e podem variar por fatores relacionados à própria companhia ou por fatores externos, como o crescimento do país, do nível de emprego e da taxa de juros.
Segundo a Economatica, o maior valor de mercado das empresas listadas na Bovespa (em amostras mensais) aconteceu no mês de abril de 2011, quando chegou a US$ 1,53 trilhão. Em 54 meses – de abril de 2011 até setembro de 2015 – a Bovespa perdeu US$ 1,05 trilhão.
As empresas mexicanas atingiram seu valor máximo em agosto de 2014, com US$ 625,7 bilhões, diz a Economatica. EJá o resultado de hoje não era visto desde dezembro de 2005, quando as empresas brasileiras atingiram valor de US$ 446,6 bilhões.
Um dos fatores que influenciou a queda do valor de mercado no Brasil foi a valorização do dólar, diz o estudo. No período de dezembro de 2010 até esta terça-feira, o dólar Ptax (média da variação do dia) valorizou 146,31%, enquanto no México a valorização foi de 38,02 %.
Nesta terça, o dólar fechou em alta pela quinta vez seguida e voltou a terminar o dia no maior valor da história. A moeda norte-americana subiu 2,28%, cotada a R$ 4,1461 na venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 4,1517.
Depois de Brasil e México, os índices de ações mais relevantes da América Latina são do Chile, Colômbia e Argentina, disse ao G1 o economista Einar Rivero, responsável pelo estudo da Economatica.
Queda de 9,3% em 2015
Em 2015, a Bovespa acumula perda de 9,33% até esta quarta-feira (23), após fechar em queda de 2%, a 45.340 pontos. Foi o quarto dia em que o índice fechou no vermelho. No mês de setembro, a bolsa cai 2,75%.
A piora das bolsas nos Estados Unidos e Europa e o aumento das incertezas sobre o cenário fiscal no Brasil têm influenciado a queda do índice acionário, o maior e mais importante do mercado de ações do Brasil.
Fonte: G1