Com a reta final das convenções partidárias, que só podem ocorrer até hoje, o presidente Jair Bolsonaro e aliados aceleraram as articulações e tornaram mais claros os movimentos de apoio, mesmo nas cidades onde há mais de um candidato interessado nos dividendos do bolsonarismo.
Em São Paulo, o pré-candidato do Republicanos, Celso Russomanno, aguarda até o último minuto a desistência do PSL, ex-partido de Bolsonaro e possível futuro destino. No Rio, mesmo com a candidatura à reeleição do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que busca associar a imagem à do presidente.
Em São Paulo, até ontem havia forte expectativa sobre uma possível aliança do pré-candidato do Republicanos, Celso Russomanno, com o PSL. A estratégia de emplacar um vice do partido ao qual já pertenceu Bolsonaro traria benefícios ao presidente em três frentes: tiraria o Republicanos da base de apoio do governador João Doria na Assembleia Legislativa de São Paulo – desgastando o tucano até a eleição presidencial de 2022 -, emplacaria uma candidatura competitiva na eleição da maior cidade do país, e, por fim, fortaleceria Marcos Pereira na disputa para substituir Rodrigo Maia na presidência da Câmara.