A Bolsa brasileira teve um dia histórico nesta segunda-feira, com o Ibovespa fechando no patamar recorde de 74.319,21 pontos, alta de 1,70%. Já o dólar, após sete pregões seguidos de queda, avançou 0,39%, e fechou cotado a R$ 3,10.
A valorização generalizada na Bolsa brasileira foi atribuída a uma conjunção de fatores, internos e externos. Em Nova York, as bolsas tiveram ganhos expressivos, acima de 1%, refletindo fatores como a menor tensão geopolítica e o enfraquecimento do furacão Irma, cujos prejuízos devem ser menores que o inicialmente esperado. Internamente, contribuem os sinais de recuperação econômica e a contínua melhora de percepção dos investidores em relação ao cenário político.
Os cenários mais benignos levaram a um aumento do apetite do investidor estrangeiro por ativos de risco, o que vem dando sustentação às ações.
Análises gráficas também indicam que o Ibovespa tem fôlego para seguir em tendência de valorização. De acordo com a corretora Itaú, o índice superou uma forte resistência nos 74 mil pontos e, com isso, tende a buscar os patamares dos 77 mil pontos e, posteriormente, dos 82 mil pontos.
Na análise por ações, os destaques ficaram com Petrobras ON e PN, que avançaram 2,19% e 1,90%, respectivamente. Os preços do petróleo subiram na bolsa de Nova York, mas ficaram estáveis na de Londres. Vale ON avançou 1,77% e Itaú Unibanco PN ganhou 1,69%. O desempenho das ações de petróleo, mineração e financeiro tende a ser observado de perto nos próximos dias, uma vez que os papéis também estão testando patamares históricos.
Dólar
Ainda que o dólar tenha terminado em alta nesta segunda-feira, 11, o cenário externo e interno segue positivo. Os especialistas do mercado destacaram otimismo com a reforma da Previdência depois que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu que as discussões sobre a reforma foram retomadas. "A expectativa é que [a reforma] seja votada no Congresso em outubro", escreveu o ministro em sua conta no Twitter.
Além disso, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ressaltou que o País já está em recuperação e crescendo por dois trimestres consecutivos. "Mas do ponto de vista fiscal, a recuperação será ainda mais lenta e gradual e o ajuste nas contas públicas precisa ser profundo", disse.
Contribuiu para o bom humor durante a manhã números melhores na projeções da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa semanal Focus. Para este ano, a estimativa de inflação passou de 3,38% para 3,14% e a do PIB cresceu de 0,50% para 0,60%.