O desafio de superar o apagão logístico será discutido com apresentação de resultados obtidos no Projeto Centro-Oeste Competitivo, que mapeou os pontos de estrangulamento e rotas alternativas que podem auxiliar no fluxo da produção.
A elaboração deste documento técnico, encomendada pelas entidades da Indústria, Comércio e Agricultura dos Estados da região Centro-Oeste, evidencia que os investimentos em infraestrutura e logística provocam efeitos positivos que vão além dos resultados obtidos com a redução nos custos do frete para uma categoria específica. Os benefícios sociais envolvem desde a geração de emprego e renda até as áreas de educação e saúde.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, a Bienal é o caminho certo para levar ao produtor rural um diagnóstico preciso sobre os entraves e as possibilidades de superar os gargalos históricos na infraestrutura e logística de transporte.
“Sem dúvida, um dos maiores problemas para o desenvolvimento do agronegócio é a logística. As filas de caminhões parados que vemos todos os anos durante o escoamento da produção do país trazem prejuízos para a sociedade”, relata Prado.
Esse quadro compromete a qualidade das mercadorias, diminui a receita do setor produtivo, eleva o frete, encarece os produtos para o consumidor final, desperdiça o tempo das pessoas e provoca acidentes graves. “Precisamos diversificar nossos meios de escoamento da produção e inserir os modais hidroviário e ferroviário para desafogar as estradas. A Bienal da Agricultura é uma oportunidade interessante para levarmos ao produtor o conhecimento daquilo que será feito, destacar a atual situação e aproximá-lo da realidade”, frisa Prado.
“Discutir este assunto em um evento tão significativo como a Bienal da Agricultura é fundamental para que os produtores rurais e lideranças de diversos Estados produtores possam entender a importância dessas melhorias logísticas, como nos modais de transporte", lembra o presidente da Aprosoja MT e Movimento Pró-Logística, Carlos Fávaro, que mediará o debate.
A conclusão do estudo apresentado pela empresa Macrologística vai embasar a pauta de reivindicações do setor que pretende fazer do projeto Centro-Oeste Competitivo um programa de política pública na captação de investimentos estaduais e federais voltados à logística de transporte de mercadorias. Os novos rumos do Brasil Central serão apresentados durante a Bienal em painel comandado pelo sócio da Macrologística, Olivier Roger Sylvain Girard.