A "micareta de Beyoncé" começou bem antes do show. Na porta da arena, o público, em sua maioria gay, investiu no visual e apostou nas coreografias da diva do pop para animar a todos que chegavam ao local. Já dentro do estádio, o clima não podia ser diferente.
Mesmo com espaços vazios, Beyoncé levou a história da rainha Mrs. Carter mais a sério do que nunca. Abrindo o show com a música "Run The World (Girls)", ela aproveitou o rebolado de seus fãs para esbanjar – mais ainda – a sua marca registrada: a quebrada de quadril.
Com dez trocas de roupas, o ar de diva estava lá em todos os hits como: "Single Ladies", "Naughty Girl", "Love on Top", "Crazy in Love" e "Baby Boy". As duas horas de apresentação renderam ainda "Flaws and All", "I Will Always Love You", em homenagem a Whitney Houston, "Grown Woman", entre outras.
O casal gay Guilherme e Evaldo disseram que o show foi exatamente como esperavam e acreditam que Beyoncé represente o público GLS por conta do seu carisma e por ter músicas que falam de amor. "Queríamos que a Beyoncé tocasse em nosso casamento. Estamos aqui pelo amor e união", disse Guilherme, que namora Edvaldo há quatro anos.
Além de embalar romances, Beyoncé agiu como animadora de torcida e o espetáculo de luzes mostrou que o seu investimento em alta tecnologia valeu a pena. Um painel de LED móvel foi o fio condutor do show com exibições de vídeos e jogo de luzes.
Além de embalar romances, Beyoncé agiu como animadora de torcida, com menos cabelos e mais fôlego do que em sua passagem pelo Brasil em 2010. No entanto, a apresentação foi idêntica à que fez no Budweiser Made in America Festival, na Filadélfia (EUA), no domingo passado (1º) acompanhado e transmitido pelo UOL.
Já o espetáculo proporcionado pelo jogos metórico de luzes mostrou que o seu investimento em alta tecnologia – o maior de sua carreira, segundo a cantora – valeu a pena. Um painel de LED móvel foi o fio condutor do show com exibições de vídeos que parecem estar em 3D, sensação que enche os olhos.
"É impressionante como um painel de LED e a dança sejam tão envolventes", disse o médico Matheus Vieira. Ele acredita que Beyoncé seja uma artista completa e que consegue tocar o emocional do público GLS. "A diva fala muito sobre o emocional e os gays têm o emocional mal resolvido. Com suas músicas, ela consegue fazer uma terapia grupal", disse ele aos risos, que aproveitou o clima de paquera no ar.
"Vocês são lindos. Até a próxima. Deus abençoe vocês"
Carismática, Beyoncé falou diversas vezes com plateia e se declarou para o Brasil. Encerrando a sua passagem por Fortaleza, ela não conseguiu esconder o amor que tem pelos brasileiros e deixou aos nordestinos um "até breve". "Vocês são lindos. Até a próxima. Deus abençoe vocês", finalizou a diva americana.
Beyoncé ainda se apresenta em Belo Horizonte, no Mineirão, no dia 11; no Rio de Janeiro, no Rock in Rio, no dia 13; em São Paulo, no Estádio do Morumbi, no dia 15; ; e encerra sua turnê em Brasília, no Estádio Nacional, no dia 17.
"Parece que estou em férias"
Mais cedo, Beyoncé atendeu a imprensa. Vestida com um shorts jeans e uma camiseta bem à vontade, a cantora entrou sorrindo e desfilando suas pernas exuberantes no encontro marcado com dez jornalistas brasileiros.
A diva do pop respondeu a somente três perguntas, previamente selecionadas por sua produção. Ela falou sobre maternidade, retorno ao Brasil – depois de passagem em 2010 – e a importância de fazer uma mistura de boa música e mega produção.
"O Brasil é um dos meus lugares preferidos, pelo espírito e pela paixão que o povo tem. Estou me sentindo muito feliz e sinto que não estou trabalhando, parece que estou tirando férias", declarou ela com empolgação.
Trabalho social
Além da imprensa, Beyoncé recebeu jovens da ONG Central Única das Favelas do Ceará (Cufa). Emocionadas e muito felizes, nove felizardos tiveram a oportunidade de passear pelo backstage, abraçar, conversar e "fazer coração com as mãos" com a diva.
"Ela foi um amor com a gente. Fez coração com as mãos com a gente. Foi muito emocionante. Depois disso, eu vou para o show arrasar", disse o fã Gleydson Rodrigues, de 15 anos, que faz parte do projeto que passa por comunidades carentes de todo o Estado.
Já para Samantha Nascimento, 14, Beyoncé foi "como uma segunda mãe" para eles. "Nunca imaginei que ela passaria tanto amor para nós", contou a garota, que chorou o tempo todo que esteve ao lado da cantora.
Uol