Economia

BC revela que US$ 1,2 bilhão deixou o país no começo de maio

A retirada de dólares no Brasil superou a entrada em US$ 1,21 bilhão na primeira semana de maio, informou nesta quarta-feira (11) o Banco Central.
Os números motram que os dólares voltaram a deixar a ecomomia brasileira após, ao longo de abril, o ingresso da moeda norte-americana superar as retiradas em US$ 6,5 bilhões – a maior entrada de recursos em um ano.

No acumulado deste ano, até a última sexta-feira (6), a saída de dólares também é maior que a chegada, neste caso em US$ 5,06 bilhões. No mesmo período de 2015, houve ingresso de US$ 15,31 bilhões no país.

Impacto no dólar
A saída de dólares no começo de maio favoreceria, em tese, a alta da moeda. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a subir. Neste mês, de fato, o dólar vem registrando pequena alta.

No fim de abril, o dólar estava cotado em R$ 3,44 e, nesta quarta-feira (11), por volta das 12h40, estava sendo negociado a R$ 3,46

Veja a cotação do dólar
Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil, como o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Se concretizado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já deixou claro que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, nome que agrada o mercado, será seu ministro da Fazenda.

Nesta quarta, o plenário do Senado inicia a sessão que decidirá pela aprovação ou rejeição do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No exterior, o dólar caía em relação a uma cesta de moedas, mas subia frente a moedas de alguns países emergentes como México e África do Sul, segundo a Reuters.

"Hoje está todo mundo esperando mesmo o grande fato, esperando essa definição", resumiu à agência Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano, referindo-se à votação no Senado.

Interferência do BC
Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swaps cambiais (que funcionam como uma venda futura de dólares), ou de "swaps reversos" – que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.

Com estas operações, a autoridade monetária impede uma alta maior do dólar no mercado à vista e oferece garantia (hedge) às empresas contra a valorização do moeda, ou atua para conter uma queda mais forte.

Após ficar sem interferir no câmbio por cinco sessões seguidas, o BC realiza na manhã desta quarta-feira (11) oferta de até 20 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares.

Para muitos operadores ouvidos pela Reuters, o BC tem buscado defender o piso de R$ 3,50 para a cotação do dólar, com o objetivo de ajudar as exportações e as contas externas do país.

Na véspera, o dólar recuou 1,65%, a R$ 3,4666. A moeda havia fechado abaixo de R$ 3,50 pela última vez no dia 2 de maio.
No mês de maio, o dólar acumula alta de 0,77%. No acumulado de 2016, a moeda dos EUA recua 12% frente ao real.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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