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‘Baiano’ já vendeu 420 litros de pequi por dia em Cuiabá

Começou a temporada do tão amado pequi. Até fevereiro, o fruto típico do Cerrado irá colorir e perfumar as ruas de Cuiabá. Há também aqueles que não suportam nem o cheiro. Por todo lado há ambulantes vendendo a iguaria e a expectativa é que as vendas aumentem perto das festas de fim de ano, quando consumidores viajam e levam o pequi para parentes.

Há 24 anos José Aparecido Miranda, o “Baiano” vende o pequi e outras frutas no mesmo ponto, no calçadão em frente a loja Riachuelo. Ele é apontado como o vendedor mais antigo da região.

É da barraca instalada sob uma árvore que ele tira o sustento da família, porém as vendas não são mais tão boas como antigamente, quando toda a movimentação da cidade se concentrava no centro e havia um ponto de ônibus bem ao lado da banca.

“Hoje tudo é centro. O comércio se espalhou e tem pequi para todo lado. Já cheguei a vender 7 galões de 60 litros de pequi. Hoje vendo 50 litros, somente”, conta o comerciante.

O Baiano veio de São Paulo para Cuiabá em 1995. Trabalhou como motorista de ônibus e viu que não era pra ele. Percebeu a boa saída do pequi e montou sua banca no centro da cidade. Hoje, o pequi que vende vem de Goiás, mas a partir do mês que vem terá fruto mato-grossense para comercializar. As plantas demoram um pouco mais para amadurecer no estado.

Outros ambulantes também vendem pequi vindo do Tocantins enquanto não há oferta por aqui. A unidade de medida para dar preço ao produto é o litro, que consiste em uma lata cortada de 1000 ml e o valor é unânime na região central: R$ 10 o litro.

Logo abaixo da barraca de Baiano, no Calçadão da Galdino Pimentel, o ambulante Domingos Lopes Sampaio tem um ponto melhor para vendas. Ele conta que consegue comercializar entre 80 e 100 litros de pequi na safra.

“No Natal melhora um pouco, porque o povo viaja e leva pequi para os parentes”, afirma.

Porém, de todos os comerciantes entrevistados, a campeã de vendas é Antonia Vieira da Silva, que há 10 anos mantém banca na rua 13 de Junho. Todos os dias os clientes levam 100 litros do produto. Quando não é época de pequi, Antonia vende frutas da estação.

É da banca que ela tira o sustendo da família. Além da 13 de Junho, ela tem banca na feira do CPA.

Apesar da diferença nas vendas, em um ponto todos os vendedores tem a mesma opinião: o prato mais amado pelos adoradores de pequi é a galinha caipira com o fruto. O segundo colocado é arroz com pequi.

Após maduro, o fruto deve ser consumido em 3 dias, senão fica “passado”.

Propriedades do pequi 

Estudos comprovam que o fruto tem ação cicatrizante, digestiva, gastro-protetora e anti-inflamatória. Rico em vitamina A, ácidos graxos, antioxidantes e fibras.

Além das formas de consumo citadas, o pequi também é encontrado como sorvete, licores, óleos, sobremesas e seu azeite também é usado para tratamentos de beleza.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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