Cidades

Associações do agronegócio repudiam samba enredo de Imperatriz Leopoldinense

O samba enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense “Xingu, o clamor que vem da floresta”, do Rio de Janeiro, foi repudiado por diversas Associações do Agonegócio em notas enviadas nesta quarta-feira (11). O enredo fala da luta pela sobrevivência de povos indígenas de Mato Grosso e consequências do agronegócio para o meio ambiente

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), em conjunto com a Associação Goiana dos Produtores de Sementes e Mudas (Agrosem), a Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba (Aprosem), a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), e Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), emitiram suas notas defendendo a atividade no campo.

Com o enredo “O belo monstro rouba a terra de seus filhos, devora e seca as matas e seca os rios, tanta riqueza que a cobiça destruiu?”, as entidades afirmaram que a letra vem “carregada de desinformação sobre a realidade do agronegócio brasileiro ao chama-lo de belo monstro".

“O setor produtivo de semente de soja não pode fechar os olhos para as inverdades que o enredo cita, tendo em vista que o carnaval carioca é uma festa que atrai os olhares do mundo todo. Não se pode defender os índios denegrindo o agronegócio”, traz nota.

Para as entidades, o agronegócio não rouba as terras, pelo contrário cuida das terras em que produz e garante alimento a uma nação. “Aos autores do samba enredo, faltou o conhecimento sobre a importância do agronegócio brasileiro aos olhos do mundo”.

A direção da Imperatriz Leopoldinense disse que não vai se manifestar sobre o episódio. 

NOTA CONJUNTA DE REPÚDIO

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), em conjunto com a Associação Goiana dos Produtores de Sementes e Mudas (AGROSEM), a Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do MATOPIBA (APROSEM) e a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT), repudia veementemente o samba enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, intitulado “Xingu, o clamor da floresta”, a ser cantado no carnaval deste ano no Rio de Janeiro.

Com alas chamadas “Fazendeiros e Seus Agrotóxicos” e “Pragas e Doenças”, o enredo de 2017 da Imperatriz Leopoldinense vem carregado de desinformação sobre a realidade do agronegócio brasileiro, quando chama-o de “belo monstro” que “rouba as terras dos seus filhos, e acaba com as matas e seca os rios”.

O setor produtivo de semente de soja não pode fechar os olhos para as inverdades que o enredo cita, tendo em vista que o carnaval carioca é uma festa que atrai os olhares do mundo todo. Não se pode defender os índios denegrindo o agronegócio.

É importante ressaltar que o Brasil, entre os principais países produtores agrícolas, é o que mais preserva suas matas nativas. O agronegócio não rouba as terras de seus filhos, pelo contrário, cuida das terras em que produz e garante o alimento de cada dia de toda uma nação.

Aos autores do samba enredo, faltou o conhecimento sobre a importância do agronegócio brasileiro aos olhos do mundo, pois o Brasil, que por muitos anos foi um grande importador de alimentos, hoje é um dos maiores exportadores, campeão mundial de produção de grãos e de proteína animal. Além de apresentar resultados significativos em geração, transferência e adoção de tecnologias e pesquisas.

Apesar da crise econômica que o Brasil vem enfrentando, o agronegócio brasileiro tem assegurado a geração de emprego e renda no País e é responsável por 22% do PIB Nacional. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Valor Bruto da Produção (VBP) da soja, por exemplo, é de R$ 118 bilhões, que representa 32,3% do VBP agrícola. Esse dado representa a evolução do desempenho das lavouras ao longo dos anos e corresponde ao faturamento dentro do abastecimento.

Sobre os agrotóxicos, é importante destacar que, devido ao clima tropical do Brasil, muitas pragas e doenças se desenvolvem. Para garantir a produção e qualidade dos alimentos que chegam ao consumidor final, é preciso fazer um controle defensivo. Sem esse monitoramento, a produção alimentícia pode cair pela metade, o que resultaria na falta de abastecimento das refeições.

As entidades ABRASS, AGROSEM, APROSEM e APROSMAT, em nome de todos os seus associados, não poderiam deixar de se posicionar diante dessa injustiça a este segmento que tem garantido resultados positivos ao Brasil.

Nota de Repúdio – Enredo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense

A Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários – ANDAV, após conhecimento sobre o enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2017, repudia o tom adotado pela Escola de Samba ao criticar o agronegócio brasileiro.

O enredo tem como tema homenagear o Parque Nacional do Xingú, porém deprecia e desmoraliza o trabalho sério existente no agronegócio e nota-se o pouco conhecimento da Escola na forma que estão tratando sobre o setor que é um importante alicerce econômico do Brasil, o agronegócio.

Este que também é responsável por gerar 37% dos empregos no país, e por mais de 22% do PIB nacional, sendo o único a apresentar saldo positivo. Somente o mercado de distribuição de insumos agropecuários movimentou em 2015, cerca de R$ 34 bilhões, entre fertilizantes, defensivos e medicamentos veterinários.

A ANDAV reforça constantemente junto aos seus Associados o comprometimento em alertar, checar e seguir boas práticas no campo, com responsabilidade ambiental e social em todo seu processo produtivo, adotadas há muitos anos por todos dessa cadeia e indispensável para o crescimento da agropecuária brasileira. A ANDAV se une com outras entidades do setor para repudiar as informações sem fundamentos que consistem no enredo da Escola. 

Sobre a ANDAV

A ANDAV – Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários conta atualmente com mais de 1400 associados e foi criada em 18 de outubro de 1990 com a finalidade de potencializar a força dos distribuidores perante o mercado do agronegócio, com a profissionalização, estruturação e coesão do setor. Para tanto, a Associação intervém com a transmissão de informações técnicas de qualidade, respaldo jurídico, técnico, treinamento, produtos, suporte e outras ferramentas essenciais ao distribuidor moderno. Assim, a ANDAV fortalece a representatividade do setor no mercado brasileiro atual.

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Catia Alves

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